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Fim da Movicel? Mais de 500 trabalhadores sem salário há 10 meses denunciam abandono

A crise financeira da Movicel, uma das principais operadoras de telecomunicações de Angola, atinge proporções alarmantes. Com mais de 500 trabalhadores espalhados por várias províncias sem salários há 10 meses, a empresa enfrenta acusações de negligência e falta de resposta às reivindicações laborais.

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Há 1 mês
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Segundo o site Correio da Kianda, funcionários da Movicel, localizados em Luanda, Benguela, Cabinda, Huambo, Bié, Cuanza Sul, Uíge e Malanje, relatam desespero e incerteza. Sem um núcleo sindical para os representar, os trabalhadores afirmam que estão desamparados e sem ferramentas para exigir da empresa a regularização das pendências salariais.

A crise chegou a tal ponto que resultou no encerramento da loja do Chamavo, deixando dezenas de trabalhadores no desemprego. Na loja sede de Luanda, como avança uma fonte interna, citado pelo mesmo site, apenas dois ou três funcionários continuam a operar, numa tentativa mínima de manter os serviços, uma realidade semelhante nas outras províncias.

A Movicel, que já foi um símbolo de inovação no sector das telecomunicações, agora vê-se imersa numa situação de colapso operacional, enquanto tenta evitar as crescentes pressões para resolver os atrasos salariais.
Enquanto a empresa mantém silêncio sobre a situação, trabalhadores e fontes anónimas descrevem a falta de diálogo e iniciativas para reverter a crise. Para muitos, a ausência de um sindicato representa um obstáculo adicional, ampliando o sentimento de abandono.

Em paralelo, o encerramento de lojas como a do Chamavo expõe as dificuldades estruturais da Movicel, que enfrenta não apenas desafios internos, mas também uma perda de confiança dos consumidores e parceiros.

Impacto:
A crise não afeta apenas os trabalhadores, mas também o mercado angolano, que depende de uma infraestrutura de telecomunicações funcional. O atraso nos pagamentos levanta dúvidas sobre a capacidade da Movicel de manter a competitividade num sector em constante evolução.
A falta de um posicionamento oficial da Movicel agrava a indignação pública, enquanto os trabalhadores continuam a lutar pela dignidade e pelos seus direitos. A crise financeira da empresa simboliza uma necessidade urgente de intervenções estruturais no setor das telecomunicações em Angola.

PONTUAL, fonte credível de informação.