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CRIANÇAS MORREM COMO CÃES: País enfrenta desnutrição infantil crónica

Numa altura em que a segurança alimentar se torna uma questão premente em Angola, os dados mais recentes apontam para uma realidade alarmante: 38% das crianças angolanas enfrentam desnutrição crónica. Este número não é apenas um indicador estatístico; é um reflexo das dificuldades diárias e dos desafios que as famílias angolanas têm de superar.

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Há 7 meses
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Durante um seminário crucial em Luanda, os parlamentares angolanos concentraram-se na análise da insegurança alimentar que assola o país. O Relatório sobre o Estado da Nutrição e da Segurança Alimentar no Mundo em 2023, discutido no evento, revelou que 4% da população angolana lida com níveis preocupantes de insegurança alimentar aguda. Mais preocupante ainda é a taxa de desnutrição crónica em crianças menores de cinco anos, que se situa nos 38%.

Clarice Mukinda, líder da oitava Comissão Parlamentar da Assembleia Nacional de Angola, responsável por questões de Família, Infância e Acção Social, sublinhou a importância de abordar a nutrição e a segurança alimentar como elementos vitais para a sobrevivência e o bem-estar humano. O seminário visou não só trazer à tona estas questões críticas mas também fomentar um diálogo político construtivo, na busca de soluções sustentáveis de saúde e bem-estar.

O Seminário Parlamentar assumiu o compromisso de elevar a nutrição a uma prioridade nacional, incentivando um debate aberto e a procura de estratégias eficazes que possam garantir um futuro mais saudável para as crianças de Angola. A luta contra a desnutrição crónica é agora uma questão de estado, com o objetivo de assegurar que cada criança angolana tenha acesso a uma alimentação adequada e nutritiva, essencial para o seu desenvolvimento pleno e saudável.