0º C

09 : 05

Parado há 30 anos, perímetro do Luinga vai produzir arroz e outros cereais em larga escala

A reactivação do Perímetro Irrigado do Luinga, situado no Cuanza Norte e que estava parado há mais de três décadas, arrancou oficialmente no Domingo, com os trabalhos de recuperação das infra-estruturas, cuja acção irá impulsionar a produção de arroz em larga escala na referida província.

Registro autoral da fotografia

Há 4 dias
2 minutos de leitura

A cerimónia de reactivação foi orientada pelo ministro da Agricultura e Florestas, Isaac dos Anjos, acompanhado pelo governador provincial, João Diogo Gaspar.

Segundo um comunicado do governo do Cuanza Norte, a que o VerAngola teve acesso, com esta acção a província poderá vir a tornar-se na “na maior referência da produção de arroz no país”.

“A província do Cuanza Norte poderá tornar-se, em breve, na maior referência da produção de arroz no país. Neste Domingo, dia 13 de Abril de 2025, o ministro da Agricultura e Florestas, Isaac dos Anjos, e o governador João Diogo Gaspar deram o pontapé de saída dos trabalhos de recuperação das infra-estruturas que vão permitir o cultivo e processamento do arroz, no município do Luinga”, lê-se na nota.

No comunicado, o governo provincial relembra que, em tempos, esta “região já foi um grande produtor de arroz”, acreditando-se que “é fundamental aproveitar as potencialidades locais para reactivar a produção deste alimento muito consumido no país e na província em particular”.

Na ocasião, o governador provincial, João Diogo Gaspar, considerou que “a segurança alimentar da província depende da produção em grande escala, principalmente os produtos que compõem a cesta básica, como é o caso do arroz”.

Já Isaac dos Anjos considerou que a reactivação deste projecto vai ajudar a reduzir as importações, bem como combater a fome a probreza.

“Para o ministro da Agricultura e Florestas, a reactivação do Perímetro irrigado do Luinga não contribuirá apenas para a redução da dependência de produtos importados, mas também ajudará no combate à fome e à pobreza, uma vez que o investimento na agricultura gera muitas oportunidades de emprego”, lê-se no comunicado.

Isaac dos Anjos adiantou que famílias de camponeses também participarão no projecto, recebendo lotes de terras irrigadas. Citado pela Angop, acrescentou que as referidas famílias receberão formação no que respeita ao uso de equipamentos agrícolas, tais como tractores, motos cultivadoras e charruas, visando aumentar a produção.

A par da recuperação deste perímetro, o ministro também assegurou a distribuição de gado bovino no quadro das iniciativas do repovoamento do Planalto de Camabatela, tendo adiantado que o propósito do governo passa por colocar esta região como a maior área de produção agro-pecuária de Angola, considerando as suas condições climáticas e solos férteis.

Segundo uma nota da administração municipal do Luinga, a que o VerAngola teve acesso, o perímetro irrigado é “um projecto estruturante que marca o relançamento da produção de arroz em larga escala, tendo em vista o potencial agrícola da região e a sua histórica vocação para o cultivo deste cereal”.

“A iniciativa visa não apenas revitalizar a capacidade produtiva local, mas também contribuir para a redução da dependência de produtos importados, reforçando a segurança alimentar e impulsionando o desenvolvimento económico da comunidade”, lê-se na nota.

Refira-se que a recuperação deste projecto, com mais de 30 hectares, contará com empresas especializadas para reconstruir infra-estruturas estragadas, como por exemplo os canais de irrigação, entre outros.

Ainda este mês, a mesma província viu também o Perímetro Irrigado do Mucoso ser reactivado. Na altura da cerimónia, o ministro da Agricultura informou que o Perímetro Irrigado do Luinga também iria ser reactivado em breve.

C/VA