RDC: negociações em Luanda vão mesmo acontecer apesar da ausência do M23
Uma delegação da República Democrática do Congo encontra-se em Luanda para um encontro anunciado para esta Terça-feira com os rebeldes do M23, no âmbito da mediação do conflito por Angola, mas o movimento anunciou Segunda-feira a sua ausência.

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Tanto a Presidência angolana como a da RDCongo reafirmaram a realização do encontro, apesar de o M23 ter declarado, Segunda-feira ao final do dia, que cancelava a sua presença, atribuindo a sua ausência a “instituições internacionais”, na sequência do anúncio pela União Europeia de sanções contra uma refinaria sediada em Kigali e nove pessoas ligadas às recentes ofensivas dos rebeldes no leste da RDCongo.
A acontecer, o encontro deve marcar o início das negociações directas para a paz e surge no seguimento das “diligências levadas a cabo pela mediação angolana no conflito que afecta o leste da RDCongo”, segundo anunciou a Presidência.
O chefe de Estado, João Lourenço, presidente em exercício da União Africana (UA) desde Fevereiro passado, tem actuado como facilitador para promover a paz e a segurança na região e reduzir as tensões entre a RDCongo e o Ruanda, país acusado de apoiar militarmente os rebeldes do Movimento 23 de Março (M23).
Antes de divulgar a sua ausência, o grupo armado M23 tinha anunciado o envio de cinco delegados a Luanda para participar nas negociações de paz, declarando “profunda gratidão” a João Lourenço “pelos seus esforços incansáveis” para encontrar uma solução pacífica para o actual conflito na RDCongo.
O Governo da RDCongo confirmou também a sua participação nas negociações de paz, tendo anunciado a chegada de uma delegação ao final do dia de Segunda-feira a Luanda.
Esta é a primeira vez que o Governo da República Democrática do Congo aceita negociar directamente com o M23.
A porta-voz da Presidência democrático congolesa confirmou a participação do seu país depois de João Lourenço ter apelado a um cessar-fogo entre as partes a partir de Domingo para facilitar as negociações.
O M23 tem avançado no território democrático congolês desde Janeiro, altura em que tomou Goma, capital da província de Kivu do Norte.
Em Fevereiro, o M23, que é apoiado pelo Ruanda – segundo a ONU e países como os EUA, a Alemanha e a França –, apoderou-se de Bukavu, a capital estratégica da vizinha província de Kivu do Sul.
Os rebeldes controlam agora as capitais destas duas províncias, que fazem fronteira com o Ruanda e são ricas em minerais como o ouro e o coltan, essenciais para a indústria tecnológica e para o fabrico de telemóveis.
João Lourenço reiterou, na semana passada, a sua preocupação com o terrorismo e extremismo violento, mudanças inconstitucionais de governos democraticamente eleitos e com os conflitos que prevalecem em África, sobretudo no leste da RDCongo e no Sudão.
“Decidimos não cruzar os braços e insistir na busca de soluções pacíficas, não permitindo que se concretize o plano de balcanização em curso, com a criação de um Estado pária no leste da RDCongo, ou mesmo a tentativa de reversão pela via militar do poder instituído em Kinshasa”, referiu quando discursava em Adis Abeba, Etiópia, durante a cerimónia de troca de pastas dos novos membros da comissão da UA.
A actividade armada do M23 – um grupo constituído principalmente por tutsis vítimas do genocídio ruandês de 1994 – recomeçou em Novembro de 2021 com ataques relâmpagos contra o exército governamental no Kivu Norte tendo avançado em várias frentes e fazendo temer uma possível guerra regional.
C/VA
PONTUAL, fonte credível de informação.
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