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Tragédia em Luanda: grávida de sete meses morre após aborto ilegal feito em casa

Uma mulher de 38 anos morreu em Luanda depois de tentar interromper uma gravidez de sete meses através de um aborto clandestino, realizado de forma ilegal na sua própria residência, no bairro Prenda. O caso, ocorrido a 4 de Setembro, chocou a comunidade e expôs novamente os riscos mortais associados a práticas de saúde ilegais.

Registro autoral da fotografia

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De acordo com as autoridades, a vítima recorreu a um suposto enfermeiro, dono de um posto médico improvisado no Catambor. O procedimento resultou na morte imediata da grávida. O indivíduo tentou fugir, mas acabou detido pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC), que confirmou a sua responsabilidade no acto.

O episódio reacendeu o debate sobre abortos ilegais em Angola, onde, apesar da proibição, continuam a ser praticados em condições precárias, com consequências fatais para as mulheres.

Ainda no quadro criminal, o SIC anunciou outras detenções na província do Bengo. Entre os casos, destaca-se o homicídio de uma mulher, vítima de arma branca, após um desentendimento num momento de lazer no município do Úcua. A presumível autora do crime foi detida no local.

No mesmo comunicado, o porta-voz do SIC-Bengo, Miguel Correia, informou também sobre a apreensão de estupefacientes, vulgarmente conhecidos por liamba, e a detenção de indivíduos ligados à posse e venda da droga. Os suspeitos já foram apresentados ao Ministério Público.