Acordo assinado: ligação férrea de 830 quilómetros que liga o Lobito à Zâmbia vai mesmo avançar
Angola e a Zâmbia assinaram, em Lusaca, capital zambiana, um acordo intergovernamental que estabelece as directivas para o desenvolvimento, financiamento construção e operação do Projecto Ferroviário Lobito-Zâmbia, anunciaram as autoridades.

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De acordo com um comunicado do Ministério dos Transportes, este acordo vai permitir a ligação ferroviária entre a localidade de Luacano, em Angola, e Chingola, na Zâmbia, numa extensão aproximada de 830 quilómetros de linha férrea nova.
O Projecto Ferroviário Lobito-Zâmbia insere-se no contexto do Corredor do Lobito, uma infraestrutura ferroviária que atravessa Angola ao longo de 1300 quilómetros, ligando o Porto do Lobito (litoral) à fronteira com a República Democrática do Congo para escoar a produção de minerais críticos das regiões do Copperbelt (RDCongo) e Kolwezi (Zâmbia).
“A assinatura deste acordo surge no seguimento dos contratos de concessão celebrados em Setembro de 2024 por ambos os países, em Nova Iorque, com a Africa Finance Corporation e a ZL Railway Limited”, sublinha a nota.
Os Governos de Angola e da Zâmbia comprometem-se, ao abrigo deste acordo, a garantir um ambiente favorável para a execução do projecto, a prevenir interrupções e a promover consultas mútuas em situações que possam afectar a sua implementação.
O instrumento prevê também mecanismos de resolução de litígios baseados na diplomacia e, em última instância, na arbitragem internacional.
O ministro dos Transportes, Ricardo de Abreu, signatário deste acordo, citado no comunicado, enalteceu a assinatura do instrumento, considerando um “passo decisivo, dado por Angola e pela Zâmbia, para a construção de um projecto estratégico com parceiros credíveis e visão de futuro – designadamente com a AFC”.
“Esta iniciativa representa um compromisso conjunto com o fortalecimento do Corredor do Lobito, enquanto plataforma para dinamizar as trocas comerciais globais e impulsionar o desenvolvimento económico e social, contribuindo diretamente para o bem-estar das nossas populações”, referiu.
O governante salientou que este projecto “vai aprofundar o papel de Angola enquanto centro logístico regional e de produção e comércio, não só com a Zâmbia, mas com o resto do mundo”.
C/VA
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