0º C

13 : 16

João Lourenço convicto de que prevalecerá espírito de unidade após investidura de Chapo

O Presidente da República de Angola, João Lourenço, expressou preocupação com os desafios democráticos enfrentados por Moçambique, mas demonstrou confiança de que o “espírito de unidade” do povo moçambicano prevalecerá após a investidura do Presidente eleito, Daniel Chapo, agendada para o próximo dia 15 de Janeiro.

Registro autoral da fotografia

Há 1 dia
2 minutos de leitura

Em declarações feitas no encerramento de uma cimeira extraordinária da União Africana, em Kampala, Uganda, João Lourenço afirmou que, apesar da crise política e social desencadeada pelas eleições, acredita na capacidade dos moçambicanos de restaurar a estabilidade.

“Com o anúncio dos resultados eleitorais e a definição da data para a investidura do Presidente eleito, espera-se que o diálogo e a concertação prevaleçam, promovendo a estabilidade e o regresso à normalidade”, disse o Presidente angolano.

Conflito pós-eleitoral em Moçambique

A situação em Moçambique permanece delicada. Desde as manifestações que começaram em Outubro, já foram registadas cerca de 300 mortes e mais de 600 feridos, além da destruição de infra-estruturas públicas e privadas, como tribunais e esquadras policiais.

O candidato da oposição, Venâncio Mondlane, do partido Podemos, regressou ao país recentemente e continua a contestar os resultados eleitorais, apelando a três dias de paralisação e manifestações pacíficas durante a posse dos deputados e do novo Presidente.

Preocupações com a paz e segurança no continente

João Lourenço aproveitou a ocasião da cimeira para destacar que a instabilidade política e os conflitos em África desviam o foco do desenvolvimento económico e social, especialmente na agricultura, área prioritária para o continente.

“Lamentavelmente, práticas como extremismo violento, terrorismo e mudanças inconstitucionais de governos continuam a minar os esforços de desenvolvimento”, lamentou.

O Presidente também destacou os conflitos no Sudão e as tensões entre a República Democrática do Congo (RDCongo) e o Ruanda, defendendo a realização de uma cimeira de alto nível para garantir a paz e consolidar os avanços já alcançados, como a retirada de tropas ruandesas da RDCongo.

União Africana e o papel de Angola

A intervenção de João Lourenço na cimeira reflete o compromisso de Angola em promover o diálogo e a estabilidade na região, enquanto Moçambique enfrenta um momento crucial para a consolidação democrática. A aposta no diálogo e na concertação foi o principal apelo do chefe de Estado angolano, reafirmando a necessidade de soluções pacíficas e sustentáveis para os desafios africanos.

PONTUAL, fonte credível de informação.