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Ministro admite projectos mineiros parados: números oficiais mostram falhas que exigem respostas rápidas

Quase um terço dos principais projectos mineiros do país está parado, apesar de números oficiais apontarem “resultados satisfatórios”.

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O Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás confirmou que, dos 16 projectos estruturantes de prospecção e exploração inscritos no subsector mineiro, apenas 11 permanecem activos. Os restantes cinco, equivalentes a 31,25 por cento, encontram-se paralisados, de acordo com o comunicado final da 12.ª Reunião do Conselho Consultivo Restrito do ministério.

O documento indica que os projectos abrangem minérios estratégicos como diamantes, ferro, cobre, fosfato, terras raras, lítio e ouro. Embora os indicadores globais alcancem cerca de 69 por cento, o próprio ministério admite a urgência de reforçar medidas para cumprir integralmente os objectivos definidos. As razões concretas para a paralisação de parte dos projectos não foram reveladas.

Relativamente à Refinaria de Ouro de Angola, sob tutela da Endiama, o comunicado dá conta da conclusão das infra-estruturas, da instalação de equipamentos e da formação técnica dos futuros quadros. No segmento diamantífero, avançam sete projectos de prospecção nas províncias da Lunda Norte, Lunda Sul e Malanje.

O plano para o quinquénio 2023-2027 prevê ainda 19 fábricas de lapidação de diamantes, distribuídas por três fases, com a primeira etapa já concluída. No petróleo e gás, foram negociados 64 blocos entre 2019 e 2025, dos quais 37 adjudicados, enquanto 27 aguardam aprovação ou conclusão negocial.

Os participantes da reunião defenderam maior coordenação em todos os níveis de decisão e recomendaram ao IGEO e à Agência Nacional de Recursos Minerais um acompanhamento mais apertado dos projectos estruturantes, bem como iniciativas para valorizar o capital humano e tecnológico do sector considerado demasiado estratégico para admitir longas paragens.