ONU alerta: Angola gasta mais em juros da dívida do que em saúde e educação
Angola está entre os países africanos que mais destinam recursos ao pagamento de juros da dívida pública, ultrapassando os investimentos em sectores essenciais como saúde e educação. A informação consta do relatório da ONU sobre a Situação e Perspectivas Económicas para 2025, divulgado pelo Departamento de Assuntos Económicos e Sociais das Nações Unidas (UNDESA).

Registro autoral da fotografia
Segundo o documento, as maiores economias africanas, como Angola, Egipto, Gana e Nigéria, enfrentam um dilema político-financeiro, com os juros da dívida a consumir recursos que poderiam ser aplicados no desenvolvimento social e económico. Em Angola, 66% da receita nacional é destinada ao serviço da dívida, tornando o país um dos que mais sofre com esta realidade, segundo uma análise da Debt Justice.
Impactos e desafios económicos
O relatório destaca que os pagamentos dos juros da dívida em África atingiram, em média, 27% das receitas fiscais em 2024, um aumento significativo em comparação aos 19% registados em 2019. Para Angola, a dívida continua a ser um peso considerável: o país terá de desembolsar 6,2 mil milhões de dólares em 2025, correspondendo a 5,2% do PIB, e 5,4 mil milhões de dólares em 2026, equivalendo a 4,2% do PIB.
Os economistas da ONU apontam que o crescimento acelerado dos custos com a dívida prejudica diretamente a capacidade dos governos de investirem em serviços públicos, como educação e saúde, agravando as desigualdades sociais e limitando o desenvolvimento sustentável.
Ameaça à estabilidade social
O relatório da ONU alerta ainda para as possíveis consequências sociais desta gestão orçamental. Protestos recentes no Quénia e na Nigéria, causados por aumentos de impostos e dificuldades económicas, ilustram os riscos de instabilidade social quando as políticas fiscais tornam a vida das famílias ainda mais difícil.
Soluções propostas
Para aliviar a pressão sobre os orçamentos nacionais, a ONU defende:
- Ampliação do financiamento concessional para países em desenvolvimento;
- Iniciativas internacionais coordenadas para alívio da dívida;
- Fortalecimento de mecanismos globais para facilitar a reestruturação da dívida.
Segundo o relatório, tais medidas poderiam criar um espaço orçamental para Angola e outros países investirem em sectores prioritários, promovendo o desenvolvimento sustentável de longo prazo.
A situação de Angola reflete um dilema comum a muitas economias em desenvolvimento, onde a dependência de empréstimos para financiar projetos enfrenta agora os custos de uma dívida crescente, colocando em risco o futuro das gerações mais jovens.
PONTUAL, fonte credível de informação.
Notícias que você também pode gostar
Um rastreio de saúde realizado na Sonangol revelou um dado preocupante: quase quatro em cada dez colaboradores apresentam níveis de tensão arterial elevados. E a maioria nem sequer sabia.
Há 13 horas
A Presidência da República decidiu afastar a RTP dos seus eventos oficiais, acusando a estação portuguesa de produzir “notícias tendenciosas” e ignorar uma decisão previamente comunicada. O caso, que já provocou reacções duras em Lisboa e Luanda, reacende o debate sobre os limites da liberdade de imprensa em Angola.
Há 13 horas
Angola prepara-se para entrar em grande no mapa global das terras raras. O Fundo Soberano de Angola (FSDEA) acaba de libertar 25 milhões de dólares para arrancar com a exploração da mina de Longonjo, um dos projectos mais promissores do mundo no sector dos minerais críticos.
Há 14 horas
Explosões ao amanhecer. Tiros cruzados. Mortes confirmadas?
Há 14 horas
O INE anunciou esta Sexta-feira que os dados preliminares do censo populacional 2024 serão divulgados em Setembro e admitiu indisponibilidade financeira para liquidar a dívida a fornecedores, avaliada em oito mil milhões de kwanzas.
Há 1 dia
O Presidente moçambicano agradeceu ao seu homólogo e “irmão” João Lourenço o apoio de Angola na altura em concorreu à presidência, no ano passado, realçando que sentiu o “calor”, “amizade” e apoio dos angolanos a todos os níveis.
Há 1 dia
A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG), a Azule Energy e os parceiros do Bloco 15/06, designadamente a Sonangol Exploração e Produção e a Sinopec, celebram a chegada, esta Sexta-feira, do navio flutuante de produção, armazenamento e descarga (FPSO) ‘Agogo’ a águas angolanas, com início de operações previsto para o segundo semestre de 2025.
Há 1 dia
O Presidente moçambicano, Daniel Chapo, destacou a importância dos acordos assinados durante a sua visita a Luanda, nomeadamente o que vai permitir a ligação aérea entre Moçambique e Angola, essencial para acelerar o desenvolvimento económico.
Há 1 dia
Um rastreio de saúde realizado na Sonangol revelou um dado preocupante: quase quatro em cada dez colaboradores apresentam níveis de tensão arterial elevados. E a maioria nem sequer sabia.
Há 13 horas
A Presidência da República decidiu afastar a RTP dos seus eventos oficiais, acusando a estação portuguesa de produzir “notícias tendenciosas” e ignorar uma decisão previamente comunicada. O caso, que já provocou reacções duras em Lisboa e Luanda, reacende o debate sobre os limites da liberdade de imprensa em Angola.
Há 13 horas
Angola prepara-se para entrar em grande no mapa global das terras raras. O Fundo Soberano de Angola (FSDEA) acaba de libertar 25 milhões de dólares para arrancar com a exploração da mina de Longonjo, um dos projectos mais promissores do mundo no sector dos minerais críticos.
Há 14 horas
Explosões ao amanhecer. Tiros cruzados. Mortes confirmadas?
Há 14 horas
O INE anunciou esta Sexta-feira que os dados preliminares do censo populacional 2024 serão divulgados em Setembro e admitiu indisponibilidade financeira para liquidar a dívida a fornecedores, avaliada em oito mil milhões de kwanzas.
Há 1 dia
O Presidente moçambicano agradeceu ao seu homólogo e “irmão” João Lourenço o apoio de Angola na altura em concorreu à presidência, no ano passado, realçando que sentiu o “calor”, “amizade” e apoio dos angolanos a todos os níveis.
Há 1 dia
A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG), a Azule Energy e os parceiros do Bloco 15/06, designadamente a Sonangol Exploração e Produção e a Sinopec, celebram a chegada, esta Sexta-feira, do navio flutuante de produção, armazenamento e descarga (FPSO) ‘Agogo’ a águas angolanas, com início de operações previsto para o segundo semestre de 2025.
Há 1 dia
O Presidente moçambicano, Daniel Chapo, destacou a importância dos acordos assinados durante a sua visita a Luanda, nomeadamente o que vai permitir a ligação aérea entre Moçambique e Angola, essencial para acelerar o desenvolvimento económico.
Há 1 dia