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Seguranças da empresa que protege agência do BIC denunciam escravidão moderna com salários miseráveis

Denúncias apontam que a empresa de segurança Ango Segu está a falhar nas suas obrigações com os funcionários, que enfrentam salários baixos e condições de trabalho insustentáveis.

Registro autoral da fotografia

Há 2 meses
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De acordo com denúncias recebidas pela redacção da Pontual, os trabalhadores da Ango Segu, uma das principais empresas de segurança privada em Angola, vivem uma realidade alarmante. Funcionários expressam descontentamento com salários ´minguados´, condições de trabalho degradantes e uma alimentação que deixa muito a desejar.

As queixas incluem uniformes em estado deplorável, seguranças são vistos com fardas rebentadas e com cores desbotadas. Num dos postos de guarnição do Banco BIC, em Luanda, a situação é ainda mais crítica, com botas furadas e cheias de emendas, evidenciando a falta de suporte da empresa em relação ao vestuário e equipamento essencial para o exercício da função.

“Não há substituição de farda nem de botas. Trabalhamos com o que temos, que é praticamente nada”, desabafou um funcionário que preferiu permanecer anónimo. A frustração é amplificada pela alimentação de baixa qualidade que chega aos postos, frequentemente fria e azeda, resultado de um orçamento irrisório destinado à alimentação. As cozinheiras revelaram à Pontual que a quantidade e a qualidade dos alimentos são insuficientes para atender às necessidades básicas dos seguranças.

Além disso, os salários oferecidos estão muito ´aquém do esperado´, considerando a responsabilidade do trabalho que desempenham, especialmente em ambientes de alta pressão como os bancos comerciais que servem. “É inaceitável que, em um país onde o custo de vida está a aumentar, continuemos a receber tão pouco”, acrescentou outro funcionário

As denúncias levantam questões sérias sobre a responsabilidade da Ango Segu em garantir um ambiente de trabalho seguro e digno para os seus colaboradores. Este escândalo não só mancha a reputação da empresa, mas também coloca em evidência a necessidade urgente de uma revisão das práticas laborais e das condições de trabalho no setor de segurança em Angola.

Este é um assunto que a pontual vai acompanhar e trazer mais detalhes nas próximas matérias.

PONTUAL, fonte credível de informação.