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Taça de Angola: Petro e Bravos do Maquis disputam hoje o troféu

O Petro de Luanda e FC Bravos do Maquis disputam, hoje, às 14 horas, no Estádio das Mangueiras, em Saurimo, na Lunda-Sul, a final da Taça de Angola da época 2024. O jogo perdeu certa expectativa em função do diálogo surdo entre os contendores e a direcção da FAF. As duas equipas pretendiam jogar num relvado de melhor qualidade.

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Há 6 meses
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As duas equipas centram o foco no troféu, num duelo em que tudo pode acontecer a julgar pela imprevisibilidade da competição e em função daquilo que os intervenientes fizeram durante a época.

Se o piso artificial das Mangueiras denota um “desgaste acentuado” e em “estado avançado de degradação” como dizem os finalistas, é ponto assente que não haverá nota artística no relvado por parte dos concorrentes à conquista da competição, que encerra a época futebolística nacional.

Petrolíferos e maquisardes são forçados a mudar a habitual forma de jogar para se adaptarem a uma realidade, que vai seguramente atrapalhar a desenvoltura dos atletas mais criativos, até mesmo na hora de efectuar um simples passe.

Até certo ponto, o favorito Petro de Luanda é capaz de  se ressentir muito mais por causa da “mania” da posse de bola. Pacientes, quando se trata de conservar ou esconder o esférico, os tricolores terão de ser pragmáticos, caso queiram encurtar o caminho para não passar o jogo todo a amaldiçoar a qualidade do relvado.

Meses atrás, quando defrontou o TP Mazembe, na primeira-mão dos quartos-de-final da Liga dos Campeões Africanos, deu para ver as dificuldades enfrentadas pelo Petro de Luanda. Os atletas demoraram a perceber que tinham de fazer abordagens diferentes em todos os sentidos, porque estavam a jogar em sintético.

Nada melhor do que aguardar pelas incidências da final para ver, se o detentor do título aprendeu alguma coisa com o passado, pois os maquisardes querem tudo, menos ficar a ver navio no Estádio das Mangueiras.

Mesmo sem um plantel equivalente, a equipa orientada por Mário Soares sabe que pode precisar apenas de um golo ou, na pior das hipóteses, arrastar a decisão à lotaria das grandes penalidades para surpreender o adversário.