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UNITA expressa “profunda preocupação” com degradação económica e social em Angola

A UNITA manifestou esta Sexta-feira “profunda preocupação” com a situação social e económica de Angola, devido à “má governação” que está a comprometer “a capacidade de sobrevivência de numerosas famílias e empresas”.

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Há 1 semana
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No comunicado final, distribuído esta Sexta-feira à imprensa, da XI sessão ordinária do Comité Permanente da Comissão Política da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), realizada Quinta-feira, o maior partido da oposição solidarizou-se com as famílias afectadas pela epidemia de cólera.

O Governo foi instado a concretizar medidas impactantes, “capazes de retirar o país do quadro das piores estatísticas de cólera do mundo, nos 50 anos de independência”.

Angola está a braços com um surto de cólera, declarado pelas autoridades a 7 de Janeiro deste ano, que já provocou 448 mortes e 11.737 infecções.

No documento, a UNITA condenou a atitude do Governo que, a 13 de Março, deteve no aeroporto internacional 4 de Fevereiro e deportou entidades políticas, entre as quais ex-chefes de Estado, convidadas a participar na Conferência Internacional organizada pela Plataforma Democratas por África, em Benguela.

Para a UNITA, o Presidente da República, João Lourenço, na qualidade de presidente da União Africana, “deve uma explicação e um pedido de desculpas públicas”.

Outra preocupação que manifestou a UNITA é sobre a suposta “exclusão e perseguição aos opositores políticos”, bem como a interferência do Governo nos poderes judicial e legislativo e o controlo sobre os órgãos de comunicação social estatais, “com fim último da manutenção do poder”.

A UNITA repudiou também “qualquer tendência do Executivo, que aponte para a manutenção da CNE [Comissão Nacional Eleitoral] nos moldes de organização e funcionamento actuais, que não garantem a lisura nem a transparência dos processos eleitorais em Angola e exige, a conformação dos órgãos de administração eleitoral às normas da SADC [Comunidade de Desenvolvimento da África Austral]”.

C/VA