2025: O ano em que o jubileu da independência se transformou em turbulência nacional
Angola encerrou 2025 entre o orgulho do jubileu da independência e o choque dos tumultos que paralisaram o país, deixando um rasto de mortos, destruição e um profundo desconforto nacional.

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As comemorações dos 50 anos de independência, que deveriam consolidar a coesão nacional, acabaram marcadas por polémicas, críticas às condecorações atribuídas e pelo agravamento da crise social. A euforia inicial rapidamente cedeu lugar a um sentimento de frustração, alimentado pelas desigualdades persistentes e pela insatisfação popular.
Apesar do ambiente interno tenso, o país reforçou a projecção internacional ao longo do ano. Angola assumiu a presidência rotativa da União Africana em Fevereiro, acolheu a Cimeira de Negócios EUA–África em Junho, promoveu a Cimeira de Financiamento de Infra-estruturas em Outubro e recebeu, poucos dias após o 11 de Novembro, a 7.ª Cimeira União Europeia–União Africana, eventos que transformaram Luanda num dos centros diplomáticos mais movimentados de África.
O lado sombrio de 2025 explodiu em Julho, quando o aumento do preço dos combustíveis desencadeou protestos inesperados. Uma greve anunciada por taxistas foi rapidamente cancelada, mas a tensão já tinha saído à rua: três dias de violência deixaram pelo menos 30 mortos, dezenas de detidos e elevados danos materiais em lojas, armazéns e veículos incendiados ou saqueados.
Enquanto o Governo classificou os acontecimentos como actos de vandalismo e sugeriu interferência de grupos organizados, a oposição responsabilizou as autoridades por uma resposta considerada desproporcionada. Organizações da sociedade civil alertaram para o agravamento do descontentamento num país onde quase metade da população vive na pobreza e enfrenta dificuldades crescentes.
No plano político, o ano ficou dividido entre a estabilidade interna da UNITA, que reelegeu Adalberto Costa Júnior, e a crescente turbulência no MPLA, cuja sucessão de João Lourenço em 2026 já desencadeia disputas internas. As condecorações dos 50 anos, inicialmente rejeitadas pelos deputados no caso de Jonas Savimbi e Holden Roberto, reacenderam tensões históricas, obrigando a uma revisão da decisão após forte pressão pública.
As celebrações oficiais, acompanhadas por líderes africanos e pelo Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, não conseguiram dissipar a sensação de que o ano do jubileu acabou manchado por protestos, divisão política e o peso de problemas sociais ainda por resolver.
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