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AMUD defende eliminação definitiva de “tabus”

A presidente da Associação Angolana a Mulher e o Desporto (AMUD), Justina Praça, defende a eliminação definitiva dos “tabus” ainda visíveis em Angola sobre a limitação feminina na prática de modalidades tidas como para homens, como as de lutas, o futebol e o basquetebol.

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Há 7 meses
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Para a antiga andebolista, trata-se de um argumento do passado hoje injustificável, tendo em conta as experiências que demonstram precisamente o contrário.

Falando sexta-feira à imprensa, na homenagem às atletas que conquistaram medalhas em provas internacionais, Maria Niangi (judo), Luana Gomes (ginástica) e Lia Lima (natação), disse que o mundo evoluiu de tal forma que não existem limitações de nenhuma índole.

Reiterou que a mulher pode praticar sim qualquer modalidade desportiva com as mesmas possibilidades de sucesso ou não que o homem.

Para ela, independentemente da educação de cada uma e daquilo que se deseja ser, nenhuma mulher deve sentir-se inibida em praticar qualquer modalidade desportiva.

A antiga guarda-redes da Selecção Nacional, do Petro de Luanda, do 1º de Agosto e do Metz de França afirmou que os pais e encarregados de educação assumem responsabilidades acrescidas neste processo do incentivo para maior adesão das mulheres ao desporto, desde os escalões de base.

“O desporto faz crescer e tem um enorme impacto na sociedade, porque remove as pessoas da rua, da prostituição, da miséria, das drogas e dos maus caminhos”, disse.

Justina Praça falou, igualmente, sobre a necessidade de perceber-se que as pessoas com deficiências podem praticar o desporto e contribuírem para o bem do pais, acrescentando que os pais assumem papel preponderante neste aspecto.

Incentivou às atletas a não desistirem da formação académica e ao mesmo tempo frequentarem academias desportivas, porque o bem financeiro não é tudo na vida.

No entanto, a líder da AMUD destacou a importância de seguir uma carreira, fazer um curso, e investir mais naquilo que pode resultar para garantir o futuro.

Sobre a homenagem às atletas que se notabilizaram recentemente em provas internacionais, referiu estar o desporto feminino em fase de maior crescimento.

“Estas atletas representam muito para o país, porque são jovens guerreiras e não é fácil ser uma desportista”, sustentou.

Fundada em 2008, a AMUD é uma associação sem fins lucrativos. Tem como objectivo a criação de políticas de desenvolvimento desportivo para o equilíbrio no género. 

C/Angop