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IFC injecta milhões para tornar Angola potência energética da região

A International Finance Corporation (IFC) confirmou que está a negociar com o Governo angolano um pacote de financiamento destinado à construção de três linhas de transmissão eléctrica de grande escala, um projecto que poderá posicionar Angola como um dos principais exportadores de energia da África Austral. A prioridade inclui também uma ofensiva para acelerar a electrificação rural, vista como urgente pelo Presidente João Lourenço.

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A revelação foi feita pelo director executivo da IFC, Makhtar Diop, após uma audiência com o Chefe de Estado. O responsável sublinhou que as futuras linhas terão impacto directo no mercado regional: a primeira ligará o norte de Angola ao sul da República Democrática do Congo; a segunda unirá o leste ao corredor Zâmbia-RDC; e a terceira estabelecerá uma ligação energética com a Namíbia.

Segundo Diop, estes investimentos permitirão não apenas reforçar a estabilidade eléctrica interna, mas também criar condições para que Angola exporte energia e amplie a sua influência no quadro energético africano. O responsável salientou que a electrificação rural continua a ser uma das urgências do Executivo, reiterada pelo próprio Presidente.

Durante a visita ao país, foram igualmente assinados dois acordos entre a IFC e parceiros angolanos, nas áreas agro-pecuária e agro-industrial. O dirigente destacou que Angola detém um potencial agrícola “extraordinário”, acrescentando que investidores estrangeiros — incluindo o Brasil — já demonstram forte interesse em apostar no sector.

A agenda de Makhtar Diop contempla ainda uma deslocação ao Corredor do Lobito, onde a IFC pretende avaliar oportunidades de investimento consideradas estratégicas. A delegação visitou igualmente a Refitec, do Grupo Naval, e manteve reuniões ao mais alto nível com diferentes departamentos ministeriais.

Diop deixou claro o propósito da instituição: “Estamos aqui para trabalhar com Angola, apoiar o sector privado e ajudar o país a transformar o seu potencial em crescimento real.”