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Apagão que deixou 300 mil famílias às escuras leva à detenção de três suspeitos

Três indivíduos foram detidos pela Polícia Nacional por suspeita de estarem na origem de um apagão de grandes proporções que deixou cerca de 300 mil famílias sem energia eléctrica nas províncias do Cuanza Sul e Benguela, após actos de vandalismo em infra-estruturas críticas.

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Segundo as autoridades, os suspeitos terão participado na sabotagem de cinco torres de transporte de energia de alta tensão, através da remoção de parafusos e cantoneiras, provocando a interrupção do fornecimento eléctrico nas duas províncias, entretanto já restabelecido.

O porta-voz do Comando-Geral da Polícia Nacional, subcomissário Mateus Rodrigues, informou que as detenções ocorreram no Cuanza Sul, sublinhando que as investigações continuam por existirem indícios de envolvimento de mais pessoas no esquema.

Em declarações à rádio pública, o responsável policial alertou que o vandalismo de bens públicos constitui um problema social complexo, que exige respostas coordenadas e multissectoriais, para além da acção repressiva das forças da ordem.

Já a Empresa Nacional de Distribuição de Electricidade (ENDE) revelou que, desde Janeiro, foram registados 113 actos de vandalismo em todo o país, com incidência em cabos e equipamentos de baixa, média e alta tensão, afectando directamente centenas de milhares de consumidores.

Face à gravidade do fenómeno, o ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, defendeu uma actuação firme sobre os destinos do material furtado, enquanto a nova Lei dos Crimes de Vandalismo de Bens e Serviços Públicos, recentemente aprovada pela Assembleia Nacional, prevê penas que podem atingir 25 anos de prisão.