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Crise interna? UNITA confirma processos disciplinares a dois apoiantes de Massanga Savimbi

A UNITA confirmou a suspensão de dois militantes na véspera do decisivo XIV Congresso Ordinário, anunciando processos disciplinares por alegadas violações éticas que agitaram o ambiente interno do partido.

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O porta-voz do conclave, Anastácio Rúbem Sicato, revelou que Domingos Eduardo Palanga, deputado, e António Marques, membro da juventude partidária, ambos apoiantes de Rafael Massanga Savimbi, estão a ser alvo de processos no Conselho Nacional de Jurisdição, após declarações públicas consideradas contrárias às normas estatutárias. Sicato limitou-se a afirmar que a disciplina interna “não se interrompe por causa de campanhas eleitorais”.

A suspensão dos militantes, tornada pública nos últimos dias, desencadeou debates acesos nas redes sociais e levantou dúvidas sobre o clima pré-congresso, que decidirá a liderança entre Adalberto Costa Júnior e Rafael Massanga Savimbi, filho do fundador da UNITA.

Numa conferência de imprensa realizada esta terça-feira, Sicato assegurou que “todas as condições estão criadas” para o encontro, que reunirá 1251 delegados no Complexo SOVSMO, em Luanda. Garantiu ainda que o processo eleitoral, com voto secreto, reforça a imagem de que “a UNITA é um partido democrático”.

Os delegados começam a chegar à capital a partir de quarta-feira e, no arranque do congresso, está previsto um debate interno entre os dois candidatos, reservado exclusivamente aos delegados. A eleição do novo presidente acontece no dia 30 de Novembro, sob supervisão de observadores da sociedade civil.

O congresso, que decorre sob o lema “Unidos pela Alternância, Estabilidade e Desenvolvimento”, deverá ainda abordar alterações estatutárias e consolidar a democracia interna, num momento descrito pela direcção do partido como “determinante para o futuro da UNITA”.