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Diamantino Azevedo anuncia descoberta que pode originar nova província diamantífera

A descoberta de um novo corpo kimberlítico na concessão de Mukonda, na Lunda Sul, marca o primeiro achado do género em mais de três décadas em Angola e já é apontado como resultado directo do regresso da De Beers ao país. A informação foi confirmada pelo ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, que destacou o potencial estratégico da parceria entre a multinacional sul-africana e a Endiama.

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Segundo o governante, o furo inicial em alvos de alta prioridade revelou indícios de que a região poderá evoluir para uma nova província kimberlítica, sublinhando “a relevância geológica” e as perspectivas de valorização do sector diamantífero nacional.

O grupo De Beers anunciou que, nos próximos meses, avançará com novas perfurações, levantamentos geofísicos e análises laboratoriais para determinar a tipologia do kimberlito e avaliar o seu potencial de produção. “Angola é hoje um dos melhores lugares do planeta para procurar diamantes”, afirmou o CEO da companhia, Al Cook, elogiando o ambiente de negócios criado pelas reformas implementadas pelo Executivo angolano.

No mesmo acto, em Saurimo, durante a inauguração do Instituto Politécnico da Universidade Lueji A’Nkonde, Diamantino Azevedo recordou que a Lunda Sul se consolidou como principal centro produtor do país, com as minas de Catoca e Luele a empregarem directamente mais de sete mil trabalhadores. Só esta província responde por quase 87% da produção nacional, que nos últimos dois anos se fixou em cerca de dez milhões de quilates anuais.

Em 2024, pela primeira vez, a produção diamantífera nacional superou os 14 milhões de quilates, ultrapassando largamente os resultados do ano anterior, apesar das dificuldades impostas pelas sanções à russa Al Rosa e pela concorrência crescente dos diamantes sintéticos.

O ministro destacou ainda que a entrada em operação da Sociedade Mineira do Luele, classificada como um dos maiores projectos diamantíferos lançados no mundo nos últimos anos, constitui “um marco histórico” para o sector em Angola.

No plano académico, o governante sublinhou a importância da formação de quadros especializados, salientando que o instituto inaugurado em Saurimo, construído em 32 meses e com capacidade para mais de 5400 estudantes, “assume-se como um farol de conhecimento” voltado para a formação técnica avançada.