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Julgamento de suposto atentado terrorista: Co-arguido confessa venda de engenhos explosivos ao líder da célula

O julgamento dos sete cidadãos acusados de planear atentados terroristas durante a visita do ex-Presidente norte-americano Joe Biden a Angola conheceu novos desenvolvimentos esta segunda-feira. Em tribunal, Cresenciano Capamba admitiu ter fornecido engenhos explosivos ao alegado líder do grupo, João Gabriel Deussino.

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Durante o interrogatório, Capamba, trabalhador da Direcção Nacional de Desminagem, confessou que teve plena consciência do perigo ao qual estava a expor a sociedade ao entregar os artefactos. Segundo ele, os explosivos foram adquiridos com a intermediação de um colega identificado apenas como Arão, que lhe garantiu que seriam destruídos. O co-arguido revelou ainda que a transação foi realizada sob a promessa de um pagamento de 30 mil kwanzas, uma quantia que, segundo ele, o levou a embarcar no esquema sem imaginar as consequências de longo alcance.

Mais cedo, foi ouvido Domingos Muecália, irmão do suposto cabecilha, numa sessão marcada por momentos de tensão. O julgamento prossegue esta terça-feira, com a audição de dois jornalistas chamados a depor na condição de declarantes.

Os réus João Gabriel Deussino, Domingos Muecália, Cresenciano Capamba, Francisco Ngunga Guli, Adelino Camulombo Bacia, Arão Rufino Kalala e Pedro João da Cunha enfrentam acusações de envolvimento em actos terroristas e podem ser condenados a penas que podem ir até 15 anos de prisão. O Ministério Público já solicitou a aplicação da pena máxima para os envolvidos, reforçando a gravidade da ameaça representada pelo grupo.

PONTUAL, fonte credível de informação.