Reverendo Antunes Huambo sob fogo: Nepotismo e corrupção revelados
O Reverendo Antunes Huambo, figura proeminente no cenário religioso e político de Angola, está no centro de uma controvérsia após nomear seu próprio filho, Mauro Huambo, como Secretário Geral do Fórum Nacional da Juventude Religiosa (FNJR), onde é presidente. Essa decisão levanta sérias preocupações sobre nepotismo e a concentração do poder eclesiástico numa uma única família, despertando debates sobre ética e transparência dentro das instituições religiosas.

Registro autoral da fotografia
O FNJR, uma organização dedicada à representação dos interesses da juventude religiosa, vê-se agora no centro de um dilema ético. Enquanto alguns membros apoiam a nomeação, outros expressam descontentamento, apontando para a longa lista de membros dedicados que têm servido a organização com distinção e que poderiam ter sido considerados para o papel.
A decisão de colocar seu filho numa posição de tal magnitude levanta questões sobre a separação entre liderança religiosa e política, e se os interesses da organização estão sendo colocados à frente dos pessoais.
A nomeação de Mauro não foi um caso isolado. Um outro membro, Ferdinando Mendes, foi nomeado vice-presidente da mesma organização, uma escolha que muitos consideram ser mais um exemplo de nepotismo, já que Ferdinando é tido como filho por afinidade do reverendo. A proximidade de Ferdinando com a família Huambo é bem conhecida, tendo trabalhado e frequentado a casa do reverendo por muitos anos, inclusive durante o período em que Antunes Huambo era administrador da cidade universitária.

“Os demais membros são invisíveis.”
O caso mais recente que ilustra essa preocupação é o do jovem Daniel Sebastião, que coordenou o núcleo de Cacuaco com dedicação e eficácia. Apesar de seu trabalho árduo e dos resultados positivos apresentados, Daniel foi preterido e nomeado para um cargo considerado menor em comparação com suas contribuições anteriores. Essa decisão tem sido vista como uma maneira de o reverendo Antunes Huambo proteger seus interesses e manter o controle da organização.
Essas nomeações têm levantado questões sobre a integridade do processo de seleção de líderes dentro do FNJR. Membros da organização e observadores externos questionam se as decisões são baseadas em mérito ou se estão sendo influenciadas por laços familiares e pessoais.
Outras revelações
Além disso, Antunes Huambo está sob escrutínio. Membros insatisfeitos da Igreja de Comunhão Cristã de Angola-ICCA, uma outra plataforma religiosa pensada pelo reverendo, alegam que o mesmo está envolvido em práticas questionáveis relacionadas às finanças da igreja, com acusações de suposta negligência nas receitas da instituição.
Essas alegações lançam uma sombra sobre a reputação do líder religioso e político, gerando debates não apenas dentro da ICCA, mas também entre a população em geral sobre a transparência e integridade das instituições religiosas e políticas em Angola. Enquanto isso, permanece a incerteza sobre como essas revelações afetarão o futuro da ICCA e a imagem de Antunes Huambo tanto na esfera religiosa quanto na política.
A comunidade aguarda ansiosamente por respostas e a verdade sobre as acusações que pairam sobre Antunes Huambo.
O contraditório
Ferdinando Mendes, contactado pela PONTUAL, na qualidade de vice-presidente do FNJR, confirmou, de facto, que Mauro Huambo é filho do Reverendo e que não há nada mais de estranho no caso. Tendo, de igual modo, acrescentado que existe um grupo de membros identificados pela organização que se incomodam com as nomeações que se dedicam a proliferar inverdades.
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