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“Escolhi ficar”: chefe da missão da UA desmente retenção após golpe militar

Filipe Nyusi garantiu esta quinta-feira que permanece na Guiné-Bissau por decisão própria, afastando rumores de que estaria impedido de sair após o golpe militar que travou o processo eleitoral.

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A partir de uma transmissão nas redes sociais, o chefe da Missão de Observação Eleitoral da União Africana sublinhou que poderia ter regressado, mas preferiu manter-se no país para acompanhar o processo até ao fim, apesar da interrupção provocada pelos militares.

Nyusi revelou ter apelado ao regresso urgente da contagem dos votos, cuja divulgação estava prevista para hoje, defendendo que o processo eleitoral não pode ficar suspenso indefinidamente. O antigo Presidente moçambicano destacou ainda que o candidato da oposição Fernando Dias está bem, mas confirmou que o líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira, permanece em paradeiro desconhecido.

O golpe de Estado de quarta-feira resultou na detenção de várias figuras políticas, entre elas Domingos Simões Pereira, Otávio Lopes, Pier Cá, Nhossan, Januário Betunde, Marcos da Costa, Roberto Imbesba, Ernesto Ié e Victor Oliveira, todos sob custódia do Alto Comando Militar.

Também magistrados do Ministério Público foram capturados, incluindo Mário Ialá, Romelo Barai, Cipriano Nanquilin, José Bado e Quintino Inquebé, elevando o alarme internacional quanto à profundidade da crise política e institucional no país.