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Valdir Cónego leva expulsão do MPLA ao Tribunal Constitucional

Valdir Cónego acusa o MPLA de o expulsar de forma ilegal e prepara um recurso ao Tribunal Constitucional, elevando a tensão interna no partido.

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O militante, afastado do Comité Central a 31 de Outubro por alegadas infracções graves e desrespeito às normas partidárias, afirma que a decisão está marcada por “vícios”, “intolerância” e violações dos próprios estatutos. Em declarações ao canal “Bem Haja”, garantiu que a medida foi “unilateral” e promete combatê-la judicialmente.

Cónego, conhecido pelas críticas à liderança do MPLA, sustenta que nunca foi ouvido no processo disciplinar e que até a presença do seu advogado foi impedida quando se dirigiu à sede do partido. Para o militante, este facto confirma a existência de irregularidades que, diz, acompanharam todo o procedimento.

O Comité Central aprovou a sua expulsão na nona sessão ordinária realizada em Luanda, sob orientação do presidente do partido, João Lourenço. Segundo o comunicado final, a deliberação teve por base o incumprimento de normas internas e a inobservância do código de ética.

O caso ganha maior peso político porque, em 2024, Cónego manifestou a intenção de disputar a presidência do MPLA e a da República. Antes da expulsão, já havia recorrido ao Tribunal Constitucional com uma providência cautelar para suspender a liderança de João Lourenço, alegando falta de resposta ao pedido de convocação de uma reunião extraordinária do Comité Central.

Um mês após a deliberação, o militante afirma ter-se remetido ao silêncio para estudar o processo e conclui, agora, que foi alvo de uma decisão injusta que pretende reverter na justiça.