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Ano lectivo arranca com quase 10 milhões de alunos, dos quais 1,9 milhões estreantes

O ano lectivo 2025/2026 iniciou-se esta segunda-feira em todo o país com cerca de 9,7 milhões de estudantes matriculados, incluindo 1,9 milhões de crianças que entram pela primeira vez no sistema de ensino. Os números foram avançados pela ministra de Estado para a Área Social, Maria do Rosário Bragança, na cerimónia oficial de abertura.

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Para responder ao crescimento da procura, o sector conta este ano com perto de 130 mil salas de aula, mais 3.247 do que no período anterior. Segundo a ministra, a expansão da rede escolar tem permitido maior inclusão no ensino primário e secundário, embora persistam desafios ligados à qualidade e ao aproveitamento.

Entre 2019 e 2024 foram formados mais de 60 mil professores, além de 200 que concluíram mestrados em metodologias específicas. O Executivo aposta ainda na capacitação contínua do corpo docente, considerado pela governante “a verdadeira base do futuro da nação”.

No plano pedagógico, destaque para o Projecto Aprendizagem em Idade Certa, lançado este ano com o objectivo de garantir que todos os alunos dominem competências básicas de leitura, escrita e cálculo. Na fase piloto, a iniciativa abrangeu 55 mil alunos de 73 escolas, com o apoio de 422 professores capacitados.

Outra prioridade é a recuperação de atrasos escolares. Em 2024, mais de 580 mil estudantes foram abrangidos por turmas de aceleração, organizadas por etapas entre a primeira e a sexta classes, para reduzir o desfasamento entre idade e nível de ensino.

No domínio social, prossegue o Programa Nacional de Alimentação Escolar, que deverá beneficiar mais de cinco milhões de crianças, começando pelas regiões mais vulneráveis.

Já no campo da inovação, o Projecto Escola Digital está a introduzir salas inteligentes com acesso à internet, bibliotecas digitais e recursos em várias línguas, permitindo ligar em simultâneo até 250 turmas e 1.400 alunos.

Apesar dos avanços registados, Maria do Rosário Bragança reconheceu que a “pobreza de aprendizagem” continua a ser um dos principais desafios do sistema educativo, sublinhando que a prioridade passa por garantir acesso alargado, mas também ensino de qualidade.