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Banco norte-americano volta a operar com Angola após nove anos de interrupção

O sistema financeiro angolano volta a ter ligação directa com bancos dos Estados Unidos, quase uma década depois da ruptura. O Standard Bank de Angola anunciou a aprovação para abrir contas correspondentes em dólares e euros com o colosso norte-americano J.P. Morgan, sinal claro da recuperação de confiança internacional no país.

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A decisão, formalizada este mês após um rigoroso processo de avaliação (“due diligence”) iniciado em 2023, marca o regresso oficial de um banco norte-americano ao mercado angolano, interrompido desde 2016 devido a preocupações com riscos de branqueamento de capitais e falta de transparência no sector financeiro.

“Esta conquista simboliza a reintegração de Angola no sistema financeiro global”, destacou o presidente executivo do Standard Bank, Luís Teles, sublinhando que o feito coincide com o 15.º aniversário da instituição. O banco passa, assim, a ser o primeiro em Angola a restabelecer uma parceria directa com os Estados Unidos, reforçando o papel do país como destino financeiro confiável.

O Comité Interno Global do J.P. Morgan deu luz verde à parceria, tornando o Standard Bank o interlocutor oficial para operações internacionais em dólares e euros. “Esta colaboração ultrapassa fronteiras e reflecte confiança e inovação. A presença do J.P. Morgan em Angola é um marco para o futuro do continente”, reforçou Luís Teles.

A nova relação de correspondência permitirá acelerar transacções internacionais e melhorar o acesso a divisas, uma mudança que poderá aliviar as restrições cambiais que afectaram a economia nos últimos anos. Até agora, os bancos angolanos dependiam de intermediários na Europa, África e Ásia para processar operações em moeda estrangeira.

O Standard Bank de Angola, com 16 agências e 66 agentes bancários no país, reafirma com este acordo a sua ambição de colocar Angola “no mapa financeiro global”, depois de anos de isolamento.