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Deputado do MPLA minimiza críticas sobre combate à fome e defende responsabilidade do Estado

O deputado do MPLA, Virgílio Tchova, rejeitou as críticas que apontam a falta de políticas públicas consistentes no combate à fome em Angola, destacando que a questão é uma “preocupação constante” do Governo. Tchova sublinhou que a responsabilidade de resolver o problema cabe prioritariamente ao Estado.

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Há 4 semanas
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O deputado Virgílio Tchova, do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), desvalorizou, esta terça-feira, as críticas feitas às políticas públicas de combate à fome no país. O parlamentar, que falou à margem da abertura da “Conferência Nacional sobre Recursos Naturais: Fome e Riqueza”, defendeu a atuação do Governo, afirmando que programas estão em curso para mitigar os efeitos da fome e da pobreza.

“Isto depende muito da perspetiva de quem diz. O Governo tem uma perspetiva, alguma sociedade civil tem outra. Precisamos é de nos encontrar e ter um discurso em que todos percebamos o ponto de vista do outro”, afirmou.

Tchova reconheceu que o combate à fome é uma responsabilidade do Estado e que a sociedade civil pode contribuir com ideias, mas frisou que a solução final cabe ao Executivo. Segundo o deputado, a fome e a pobreza são problemas complexos, enraizados em fatores históricos e sociais.

“Isso não é de hoje; vem desde o período colonial. Às vezes, a fome não é apenas falta de comida, mas também falta de instrução, saúde e saneamento básico. São fenómenos associados a vários fatores exógenos da vida das pessoas”, explicou.

Ao mencionar versículos bíblicos, Tchova declarou que “nunca se vai acabar com a fome e a pobreza”, mas defendeu a melhoria gradual das condições de vida da população como prioridade.

O deputado também elogiou a iniciativa do “Tchota Angola”, plataforma que organiza a conferência em Luanda. Para ele, o evento fortalece o Estado democrático ao permitir que a sociedade civil discuta a gestão e exploração dos recursos naturais.

A conferência, que reúne membros da sociedade civil de várias províncias do país, decorre até quinta-feira no auditório da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima, em Luanda.

PONTUAL, fonte credível de informação.