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Docentes da Escola Portuguesa de Luanda entram em greve por falta de subsídios

A tensão cresce na Escola Portuguesa de Luanda, onde os docentes decidiram avançar com uma greve por tempo indeterminado, em protesto contra o não pagamento dos subsídios de instalação prometidos pelo Governo português. A paralisação, confirmada para esta terça-feira, surge num clima de indignação crescente entre os professores, que se dizem cansados de promessas não cumpridas.

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O sindicato S.TO.P. (Sindicato de Todos os Professores) confirmou à agência Lusa que a greve se mantém, apesar de ainda aguardar, até quarta-feira, uma resposta oficial do Ministério da Educação português. Em causa estão os compromissos assumidos pelo Executivo através do Decreto-Lei n.º 78/2025 e do Despacho n.º 7654/2025, que previam o pagamento de apoios financeiros aos docentes colocados em escolas portuguesas no estrangeiro.

Segundo o porta-voz do sindicato, Daniel Martins, “alguns estabelecimentos chegaram a proceder ao pagamento dos subsídios”, mas recentemente vários professores em Díli, Luanda e Maputo foram surpreendidos com notificações a exigir a devolução das verbas. “É um retrocesso injustificável e um desrespeito pelos profissionais que aceitaram deslocar-se para o estrangeiro ao serviço do Estado português”, afirmou.

Os professores da Escola Portuguesa de Luanda reuniram-se em plenário a 27 de Outubro e decidiram, por unanimidade, avançar com a greve. O movimento segue-se ao protesto iniciado em Díli, no dia 30, que acabou por ser temporariamente suspenso após o director da escola ter anulado o pedido de devolução dos subsídios.

Entretanto, docentes em Maputo também anunciaram intenção de se juntar ao protesto, com o início da greve previsto para o dia 6 de Novembro. Caso o Ministério da Educação português não apresente uma resposta “efectiva e satisfatória” até quarta-feira, o sindicato promete endurecer as formas de luta nas três regiões.