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Ruptura em marcha: Aliança do Sahel acelera autonomia e afronta pressão externa

Os líderes militares do Mali, Níger e Burkina Faso reuniram-se em Bamaco para consolidar uma ruptura sem precedentes com a CEDEAO e afirmar um novo caminho de autonomia regional.

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A segunda cimeira da Aliança dos Estados do Sahel tem como objectivo reforçar a cooperação entre os três países e reduzir a dependência do bloco da África Ocidental, segundo fontes locais. A iniciativa surge num momento em que os parceiros procuram redesenhar o tabuleiro geopolítico da região.

O presidente do Mali, Assimi Goïta, recebeu o dirigente do Níger, Abdourahamane Tchiani, logo à chegada ao aeroporto de Bamaco, antes de ambos seguirem para o palácio presidencial para negociações de alto nível.

O presidente burquinabê, Ibrahim Traoré, juntou-se aos trabalhos na manhã de terça-feira, depois de um atraso inesperado. Recorde-se que Mali, Níger e Burkina Faso criaram a aliança em 2023 e retiraram-se da CEDEAO no ano passado.

As decisões surgiram após sucessivos golpes militares e tensões com vários parceiros ocidentais. Apesar disso, a CEDEAO afirma permanecer aberta a permitir que os três países beneficiem de certos privilégios, sobretudo no domínio comercial.

Mali, Níger e Burkina Faso continuam membros da União Económica e Monetária da África Ocidental, organização que garante o comércio e a livre circulação de mercadorias entre oito Estados, entre os quais Senegal, Costa do Marfim, Guiné-Bissau, Togo e Benim.