Ensino superior em crise: Governo admite qualidade ´deplorável´ na formação de professores
O governo angolano admitiu que a qualidade do ensino superior no país é “má”, anunciando a suspensão de vários cursos e a realização de novas avaliações para garantir uma formação que cumpra os padrões mínimos exigidos.
Registro autoral da fotografia
O sistema de ensino superior em Angola enfrenta uma profunda crise de qualidade, reconhecida publicamente pelo secretário de Estado para o Ensino Superior, Eugénio Silva. O governante revelou que, dos 145 cursos de medicina e ciências da saúde avaliados recentemente, 83 foram reprovados, resultando na suspensão temporária da admissão de novos estudantes durante um ano.
As avaliações externas, programadas para Outubro e Novembro, vão abranger também os cursos de formação de professores, numa tentativa de reverter a situação e garantir que as instituições de ensino superior atinjam “patamares de qualidade” e possam integrar os rankings das melhores instituições. Esta medida surge num contexto de crescente insatisfação pública com o estado do ensino superior no país.
“Até aqui, a opinião pública é de que a qualidade do ensino superior em Angola não é boa”, afirmou Eugénio Silva, destacando que o Estado está a investir na melhoria das condições infraestruturais e de equipamentos, bem como na qualificação dos docentes, para tentar elevar o nível de formação oferecido.
Entre as instituições avaliadas, apenas três cursos de medicina foram acreditados, enquanto os restantes seis não cumpriram os padrões exigidos. Eugénio Silva defendeu que é preferível suspender a admissão de novos estudantes e permitir que as instituições melhorem as condições de ensino, do que continuar a formar diplomados com “debilidades”.
O governo prevê que até 2027 todas as instituições públicas de ensino superior estejam dotadas de infraestruturas adequadas que propiciem um ambiente de aprendizagem favorável. Enquanto isso, o Instituto Nacional.
PONTUAL, fonte credível de informação.
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