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Economia angolana continua a mais fraca entre os PALOP

O Fundo Monetário Internacional (FMI) reviu em baixa o crescimento económico de Angola, estimando agora uma expansão de apenas 2,1% para 2025, face aos 2,4% previstos anteriormente. A nova projecção mantém o mesmo ritmo para 2026, contrastando com a melhoria das perspectivas para a África Subsariana, cuja média deverá atingir 4,1%.

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Os dados constam do mais recente relatório “Perspectivas Económicas Mundiais”, apresentado esta terça-feira durante os Encontros Anuais do FMI e do Banco Mundial, onde o organismo multilateral aponta para uma recuperação mais lenta da economia angolana do que inicialmente projectado.

Segundo o documento, Angola deverá manter um crescimento modesto de 2,1% em 2025 e 2026, acelerando apenas para 3,1% em 2030 um ritmo abaixo da média regional, que se prevê atingir 4,4% em 2026.

Apesar do abrandamento angolano, o FMI sublinha uma melhoria geral das economias da África Subsariana, com um aumento acumulado de 0,5 pontos percentuais nas previsões face ao relatório de Abril.

Entre os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), Angola e São Tomé e Príncipe surgem como os únicos com revisões negativas, enquanto Cabo Verde e Guiné Equatorial apresentam ligeiras melhorias.

Concretamente, o FMI estima que:

  • Angola cresça 2,1%, com uma inflação de 21,6%;
  • Cabo Verde registe um crescimento robusto de 5,2%;
  • Guiné-Bissau mantenha a previsão nos 5,1%;
  • Moçambique conserve os 2,5%;
  • São Tomé e Príncipe desça de 3,1% para 2,9%;
  • Guiné Equatorial reduza a recessão esperada, de -4,2% para -1,6%.

Com esta actualização, Angola reforça a tendência de crescimento abaixo da média regional, sinal de que o país continua a enfrentar desafios estruturais na diversificação da economia e no controlo da inflação.

O FMI voltará a detalhar o comportamento das economias africanas na quinta-feira, com a publicação do relatório sobre as Perspectivas Económicas Regionais, onde serão aprofundadas as causas e projecções específicas para o continente.