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Escravidão moderna: funcionários da MACON denunciam exploração laboral

Jovens trabalhadores da empresa de transportes MACON vieram a público denunciar aquilo que classificam como condições laborais degradantes e salários incompatíveis com a realidade económica do país, acusando a gestão de lucrar milhões enquanto mantém os funcionários na precariedade.

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Há 11 horas
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Segundo os denunciantes, funções essenciais ao funcionamento da empresa são remuneradas com valores que não chegam aos 100 mil kwanzas. É o caso dos lavadores de autocarros, submetidos diariamente a trabalho físico pesado, e dos mecânicos, incluindo técnicos de nível 3, responsáveis pela manutenção e segurança da frota.

Os trabalhadores afirmam que a disparidade entre a facturação da empresa e os salários pagos é gritante, considerando “inaceitável” que profissionais com elevada responsabilidade recebam remunerações que não garantem uma vida minimamente digna.

Em tom de revolta, o grupo diz sentir-se desvalorizado e desrespeitado, alegando que os direitos laborais não são observados e que a dignidade do trabalhador angolano é sistematicamente ignorada. Para os funcionários, a realidade vivida dentro da empresa assemelha-se a uma forma de exploração laboral.

Os trabalhadores exigem uma revisão imediata da política salarial, melhores condições de trabalho e o cumprimento rigoroso da legislação laboral em vigor, sublinhando que não pedem privilégios, mas justiça e reconhecimento pelo esforço diário.

A denúncia surge como um grito colectivo de alerta e pretende chamar a atenção das autoridades competentes e da sociedade para uma situação que, segundo os visados, já ultrapassou os limites da tolerância.

Fonte: TV Nzinga