Estudantes anunciam manifestação contra falta de condições nas escolas de Luanda
Estudantes angolanos anunciaram esta Quarta-feira que vão marchar no sábado contra a falta de carteiras, material didáctico, saneamento básico, água potável e carência de professores nas escolas de Luanda, acusando as autoridades de tentar inviabilizar o protesto.

Registro autoral da fotografia
“Esta marcha terá como propósito protestar contra a falta de água nas escolas, a falta de saneamento básico, a falta de casas de banho, material didáctico e até mesmo a falta de professores”, disse o secretário provincial do Movimento dos Estudantes Angolanos (MEA), Estória Augusto António.
Em declarações à Lusa, o estudante deu conta que as referidas carências se registam em grande parte das escolas da capital: “São essas debilidades que nós constatamos em quase todas as escolas públicas de Luanda”.
A marcha contra a falta de condições nas escolas de Luanda é uma iniciativa do secretariado provincial do MEA, estando a concentração prevista para o Largo do Mercado de São Paulo, terminando no Largo do 1º de Maio.
Estória Augusto António disse que a realização da marcha foi comunicada ao Governo Provincial de Luanda (GPL) e ao Comando Provincial da Polícia Nacional, referindo que foram agendadas outras actividades no mesmo perímetro para, alegadamente, inviabilizar o protesto.
“Temos a certeza de que a nossa actividade vai sair, embora possa haver inviabilização por parte da JMPLA (braço juvenil do MPLA), que também tem uma actividade no mesmo local (…), também há uma outra actividade alusiva ao Dia da Paz, mas isto é para provocar brigas, mas vamos reagir pedagogicamente”, disse o responsável do MEA.
Estória António acusou o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) de alegadamente “tentar sempre inviabilizar as actividades que consideram como uma afronta [ao poder instituído]”, salientando que as manifestações públicas estão legalmente salvaguardadas.
“Este país é nosso, nós também temos direitos, estamos apenas a exigir aquilo que está consagrado na Lei de Bases do Ensino, que eles mesmo aprovaram. Logo, o que está plasmado na lei deve ser cumprido, o país é de todos nós (…) e temos o direito de exigir aquilo que nos cabe”, acrescentou.
O dirigente associativo garantiu que o MEA “não vai permitir insultos”, porque as autoridades, nomeadamente o GPL e a polícia nacional foram já informadas: “A nossa actividade vai ser realizada mesmo neste Sábado e não vamos responder a insultos, como já aconteceu anteriormente”, rematou.
Luanda deve acolher ainda, Sábado, 26 de Abril, uma marcha alusiva aos 23 anos de paz, convocada pelo Conselho de Igrejas Cristãs em Angola (CICA) e um encontro de auscultação da juventude previsto para o Centro de Conferências de Belas.
C/VA
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