Estudantes mobilizam protestos em várias províncias contra subida de propinas e agravamento do custo de vida
Movimentos estudantis e organizações da sociedade civil preparam manifestações para este sábado, 19 de Julho, em várias províncias do país, em protesto contra o aumento das propinas no ensino privado, dos combustíveis e das tarifas de serviços básicos como água e electricidade.

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A mobilização, liderada pelo Movimento dos Estudantes Angolanos (MEA), pretende contestar o que considera serem políticas governamentais que penalizam os mais vulneráveis, em especial os jovens e as famílias com menores rendimentos. Em declarações à imprensa, o presidente do MEA, Francisco Teixeira, apelou à participação da juventude, sublinhando que “a vida dos estudantes está cada vez mais difícil” e que a rua é hoje o único espaço disponível para expressar o descontentamento.
Segundo o dirigente estudantil, os aumentos em curso resultam de medidas “impostas pelo Fundo Monetário Internacional e pelo Banco Mundial”, cuja aplicação, na sua visão, tem vindo a agravar a situação social e económica das populações. “Se não nos levantarmos agora, esses apetites insaciáveis acabarão por delapidar por completo o país”, alertou.
As manifestações estão previstas para Luanda, Uíge, Huíla, Malanje, Lunda Sul e Cuanza Sul. Na capital, a marcha deverá iniciar-se junto ao Mercado de São Paulo, com destino ao Ministério das Finanças. As autoridades administrativas de Luanda já foram notificadas quanto à realização da acção.
Entre os motivos do protesto constam o aumento das tarifas de transporte colectivo — com os táxis a passarem a cobrar 300 kwanzas por viagem e os autocarros urbanos 200 kwanzas —, medidas que entraram em vigor após a subida do preço do gasóleo para 400 kwanzas por litro no início de Julho. Acrescem ainda os novos preços da água e da electricidade, que foram também actualizados recentemente.
A decisão das instituições de ensino privado de reajustar os valores das propinas em 20,74% para o ano lectivo 2025/2026 é outro dos factores que desencadeou a mobilização. A actualização, segundo as associações do sector, acompanha o valor da inflação, mas está a ser fortemente contestada pelos estudantes, que dizem não ter sido auscultados.
“Há famílias que vão deixar de colocar os filhos na escola por absoluta incapacidade financeira. Este aumento não é apenas um número, é um obstáculo real à educação”, lamentou Francisco Teixeira, que voltou a exortar os jovens a não se conformarem. “O nosso futuro está em risco. Não podemos continuar sentados no sofá enquanto tudo à nossa volta se deteriora”, concluiu.
A marcha de sábado insere-se num ciclo mais amplo de contestação social, motivado pelo aumento generalizado do custo de vida em Angola, num contexto de forte pressão inflacionária e de crescente insatisfação popular.
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