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Heróis da Pátria: Angola presta tributo a figuras marcantes da Independência e do Desenvolvimento

A emoção, o orgulho e o patriotismo marcaram a cerimónia desta quinta-feira, em que o Presidente da República homenageou diversas figuras nacionais e estrangeiras com medalhas comemorativas dos 50 anos da Independência Nacional. A entrega de condecorações prossegue esta sexta-feira, completando um total de 698 distinguidos.

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Entre os homenageados, destacam-se nomes que deixaram marcas profundas na história e desenvolvimento do país. Maria Eugénia Neto, viúva do primeiro Presidente de Angola, e o general cubano Leopoldo Cintra Frias estão entre os que receberam a medalha da classe Independência, pela sua dedicação à causa nacional.

Visivelmente honrado, o general de exército reformado Geraldo Sachipengo Nunda, antigo chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas Angolanas, declarou que a distinção representa não apenas um reconhecimento pessoal, mas também uma homenagem aos soldados que serviram sob seu comando. “O futuro é obra da juventude. É aos nossos filhos e netos que cabe construir a Angola que desejamos”, afirmou, apelando aos jovens para se capacitarem ao serviço do país.

Outro condecorado foi o general reformado Francisco Higino Lopes Carneiro, que manifestou “enorme satisfação e gratidão” pelo reconhecimento público reservado pelo Estado angolano.

Houve ainda distinções a título póstumo, como a atribuída a Jeremias Kalundula Chitunda, antigo vice-presidente da UNITA. A medalha foi recebida pela filha, Rosária Chitunda, que se emocionou ao recordar o legado do pai: “Ele viveu e morreu pelo povo angolano. Esta medalha simboliza esse compromisso”.

Na categoria Paz e Desenvolvimento, o destaque foi para Aguinaldo Jaime, ex-governador do Banco Nacional de Angola e actual presidente do Conselho de Administração da Unitel, que considerou a distinção um incentivo às gerações futuras: “O meu contributo é apenas mais um entre muitos. Espero que inspire os mais jovens a contribuir para a reconstrução do país”.

Também distinguido, o líder da Igreja Tocoísta, Dom Afonso Nunes, destacou o simbolismo do acto como “um momento de comunhão nacional”. Já o jornalista da TPA, Ernesto Bartolomeu, não conteve a emoção: “Nunca imaginei estar num momento como este. São mais de 40 anos de dedicação ao jornalismo e ao país”.

A cerimónia, promovida no âmbito das celebrações do cinquentenário da Independência Nacional, decorre em dois dias, tendo o Presidente João Lourenço assumido pessoalmente a condução das condecorações.