Hospital Geral do Cuanza Sul já atende pacientes. PR inaugura unidade com 200 camas e mais de 1000 profissionais
Apelidado de ‘Comandante Raúl Diaz Arguelles’, o Hospital Geral do Cuanza Sul foi inaugurado, esta Segunda-feira, pelo Presidente da República, João Lourenço, o novo hospital conta com 200 camas, bem como serviços de cirurgia, hemodiálise, entre outros, sendo que o seu funcionamento vai ser assegurado por mais de 1000 profissionais.
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Coube ao Presidente da República cortar a fita e descerrar a placa. Depois desse momento, segundo a Angop, João Lourenço realizou uma visita ao novo hospital, que se encontra equipado com equipamentos médicos de alta qualidade.
Na ocasião, o chefe de Estado realçou a homenagem prestada ao comandante cubano Raúl Arguelles, ao se dar o seu nome à nova unidade sanitária, acrescentando que dessa maneira também se homenageia todos os cubanos que prestaram ajuda a Angola logo depois da independência nacional.
“Quisemos não apenas homenagear a ele próprio como pessoa, mas a todos os combatentes cubanos que verteram o seu sangue, perderam a sua vida aqui em Angola ao longo de muitos anos”, referiu.
Raúl Diaz Arguelles foi um “destemido combatente cubano tombado na histórica batalha do Ebo um mês após a proclamação da Independência Nacional”, aponta uma nota da Presidência da República, a que o VerAngola teve acesso.
Na ocasião, adianta o comunicado, o Presidente da República realçou “a importância decisiva da batalha em que perdeu a vida o comandante Raúl Diaz Arguelles, que teria certamente alterado o curso da História do país acabado de ascender à Independência se Angola a tivesse perdido a favor do exército invasor sul-africano”.
João Lourenço comparou a batalha do Ebo à batalha de Kifangondo. “A de Kifangondo – lembrou – aconteceu dias antes da proclamação da nossa Independência e, se perdida, provavelmente a descolonização não teria acontecido na data em que aconteceu; a batalha do Ebo, que se desenrolou dias depois de proclamada a Independência, teria destruído muito provavelmente a conquista recente dos angolanos se o exército do apartheid a tivesse vencido e, por via disso, obtido via aberta para avançar até Luanda”, disse, citado na nota.
Entre outros aspectos, na sua intervenção, também anunciou a construção de um novo hospital oncológico em Luanda.
“Entendemos que a cidade que possui cerca de um terço da população do país é onde devemos criar as condições para o combate às doenças do foro oncológico”, apontou João Lourenço que, citado pela Angop, também destacou o reforço do combate à insuficiência renal, através da implementação de diversos centros de hemodiálise no país, bem como o reforço do combate a doenças cardiopulmonares, mas ainda estão atrasados no que diz respeito ao campo da oncologia.
João Lourenço referiu igualmente a necessidade de se promover a saúde pública no país: “Nós precisamos não apenas de construir infra-estruturas dos três níveis (primário, secundário e terciário), coisa que temos vindo a fazer, como também precisamos de dar mais atenção à formação dos nossos profissionais de saúde”.
Assim, disse que essa é uma iniciativa a ser realizada em paralelo com as iniciativas de edificação de infra-estruturas.
“Ao mesmo tempo que estamos a construir estamos a apostar seriamente na especialização dos nossos profissionais de saúde, não apenas a termos o número correspondente ao investimento, mas sobretudo para termos a qualidade de profissionais que possam estar à altura de dar o melhor rendimento possível aos equipamentos de ponta que estamos a instalar nas unidades”, disse.
“Não basta comprar equipamentos, mas precisamos de procurar tirar o maior rendimento possível destes equipamentos”, afirmou, citado pela Angop.
“Além das infra-estruturas bem equipadas e capital humano, formando e enquadrando, não se pode perder de vista também que existe uma outra componente que concorre para uma melhor saúde pública, que é a questão do saneamento básico das nossas cidades”, disse ainda o Presidente, que acrescentou: “Se as nossas cidades, em termos de saneamento básico estiverem bem, não houver acumulação de lixo, de água e outros aspectos que são prejudiciais à saúde humana, com certeza estaremos a concorrer para o bem-estar dos angolanos. Evitar que as doenças surjam reduz a pressão sobre os hospitais”.
Já a ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, disse que o funcionamento do novo hospital do Cuanza Sul vai ser assegurado por 1144 profissionais, tais como por exemplo enfermeiros, médicos, técnicos de diagnóstico, entre outros.
Citada pela Angop, a titular da pasta da Saúde adiantou igualmente que o novo hospital “vai dar resposta oportuna e eficiente à enorme demanda de doentes politraumatizados, devido à grande frequência de acidentes rodoviários observados na Estrada Nacional ‘EN 100′”.
Segundo uma nota da Presidência da República, a que o VerAngola teve acesso, o hospital – cuja obra se iniciou em 2021 – vai prestar “serviços de cirurgia, imagiologia, reabilitação física, neonatologia, urgências, cuidados intensivos e outros, sendo destaque à parte o atendimento a doentes renais, que pela primeira vez dispõem de sessões de hemodiálise, só possíveis antes recorrendo a províncias vizinhas como Benguela, Huambo e Luanda”.
Recorde-se que o serviço de hemodiálise deste hospital começou a funcionar ainda antes da inauguração do hospital. O serviço arrancou na passada Sexta-feira, num acto que contou com a presença da governadora do Cuanza Sul, Mara Quiosa, e do secretário de Estado para a Área Hospitalar, Leonardo Europeu.
Segundo a Angop, além desta recente inauguração, para Novembro está prevista a inauguração do Hospital Geral do Cuanza Norte, que será baptizado de ‘Mário Pinto de Andrade’, um intelectual e nacionalista angolano.
VA
PONTUAL, fonte credível de informação.
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