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MPLA ajusta pela sexta vez estatutos em congresso extraordinário

O líder do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), João Lourenço, disse esta Segunda-feira, em Luanda, que o partido vai realizar ajustamentos aos seus estatutos pela sexta vez, num congresso extraordinário, previsto para Dezembro.

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João Lourenço discursava na abertura da reunião do Comité Central do MPLA que se realiza esta Segunda-feira, destacando entre os documentos a discutir, para submissão ao VIII congresso extraordinário do próximo mês, os ajustamentos aos estatutos do partido.

Segundo João Lourenço, na história do MPLA, além dos vários congressos ordinários efectuados de cinco em cinco anos, foram realizados até à presente data sete congressos extraordinários, dos quais em cinco foram feitos ajustamentos aos estatutos do partido, o último em Junho de 2019.

“No congresso de Dezembro próximo será a sexta vez que o partido fará ajustamentos aos seus estatutos num congresso extraordinário”, afirmou João Lourenço, salientando que no próximo encontro fará “considerações mais profundas sobre o momento actual da vida do partido e da nação angolana, em vésperas de comemorar 50 anos da sua independência nacional”.

A realização deste VIII congresso extraordinário foi anunciada em Outubro deste ano, tendo como mote os 50 anos de independência que Angola comemora em 2025 e, mais tarde, anunciado um ajustamento aos estatutos do partido, levantando especulações relativamente a este acerto, que supostamente teria como objectivo permitir um novo mandato a João Lourenço.

Recentemente, na reunião do Conselho de Honra do MPLA, João Lourenço pronunciou-se sobre este tema, aclarando que em congressos extraordinários são possíveis ajustamentos aos estatutos do partido.

“Muito se fala e se especula sobre os propósitos e fins da realização deste congresso extraordinário, como se os nossos estatutos não admitissem esta possibilidade, sempre que fosse necessário, quando na realidade não é o primeiro na história do nosso partido, mas o VIII extraordinário”, disse João Lourenço em Outubro passado.

Os estatutos do MPLA e a Constituição da República limitam até dois mandatos, quer a liderança do partido quer de Presidente da República, impedindo que depois de 2027 João Lourenço volte a concorrer para estas duas funções.

C/VA

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