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País começa a vacinar crianças contra a malária ainda este ano

Será ainda no presente ano, que o país vai avançar com a vacinação de crianças com menos de um ano contra a malária, na sequência da compra da vacina fabricada na Índia, que se chama ‘Serum 21’. A informação foi avançada por Carlos Pinto de Sousa, secretário de Estado para a Saúde Pública, que disse terem já sido realizados os contactos e as negociações estão a progredir bem.

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Em conjunto com a vacina – que vai ser administrada em três doses com o reforço – o Ministério da Saúde tem ainda outras acções traçadas para colmatar a doença, tais como dar continuidade ao alargamento das acções de controlo integrado vectorial nos municípios mais afectados, dar formação a entomologistas, bem como ampliar a sua área de actuação para vigiar entomologicamente os mosquitos, escreve a Angop.

Contudo, as medidas não se ficam por aqui e, tendo em vista a diminuição da mortalidade materno-infantil, prevê-se igualmente o alargamento da distribuição e utilização apropriada de redes mosquiteiras com insecticida de longa duração, sobretudo em crianças com menos de cinco anos e grávidas, bem como assegurar diagnóstico apropriado confirmado em laboratório e ainda tratamento conforme protocolos definidos.

Carlos Pinto de Sousa avançou a informação sobre a introdução da vacina da malária este ano na 23.ª edição da sessão temática acerca do “Programa de Expansão e Melhoria do Sistema Nacional de Saúde”, que tem como objectivo, entre outros aspectos, ampliar o acesso a serviços de saúde e medicamentos com qualidade, contribuir para a diminuição da mortalidade infantil e materna, etc.

Na sessão, decorrida na Terça-feira, no Centro de Imprensa Aníbal de Melo (CIAM), o secretário de Estado disse que o sector da Saúde continua focado na formação do capital humano.

Segundo o responsável, citado num comunicado do CIAM a que o VerAngola teve acesso, a meta passa pela formação de mais de 18.019 profissionais de saúde até 2027, cujos 3204 por especialidade.

O responsável realçou “a importância da expansão da formação pós-graduada de médicos, enfermeiros, técnicos de diagnóstico e terapêutica, e do regime regional”, sendo que, além disso, o sector também pretende “melhorar a informação e o cadastro das instituições, consolidando uma rede nacional de hospitais centrais, provinciais e municipais”.

“Entre os objectivos está a ampliação do acesso a serviços de saúde de qualidade e medicamentos, o fortalecimento da cadeia de medicamentos, além da regulação da indústria farmacêutica”, lê-se na nota.

Também disse que o país introduziu sete novas vacinas: “Angola, agora classificada como país de renda média, introduziu sete novas vacinas conforme o programa nacional de vacinas e políticas públicas”, apontou, citado no comunicado.

Na ocasião, disse que está previsto que o número de médicos cresça de 7395 para 10.800 e o número de enfermeiros vá de 49.283 para 78.500, na sequência da concretização de concursos públicos enquanto, relativamente às infra-estruturas, referiu, citado pela Angop, que querem que o número de hospitais cresça para 307, contra os 224, e que os centros médicos passem a 965, contra os 783.

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