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Pedro Gonçalves sai em alta, mas deixa muitas perguntas no ar

Oito anos depois de ter abraçado o futebol angolano, Pedro Gonçalves despediu-se oficialmente do cargo de seleccionador nacional. A Federação Angolana de Futebol (FAF) anunciou ontem, 18 de Setembro, a saída do técnico português, sublinhando o seu papel de “líder dedicado e inspirador” desde que assumiu os destinos dos Palancas Negras em 2017.

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O anúncio, que apanhou de surpresa parte da opinião pública, surge apenas uma semana depois de a própria FAF ter afastado a hipótese de rescisão contratual. A decisão marca o fim de um ciclo considerado transformador para a selecção nacional, mas que também gerou debate em torno dos resultados obtidos e do futuro do projecto.

Contratado inicialmente para orientar as selecções jovens, Gonçalves rapidamente se tornou figura central do futebol angolano. Em 2019, conduziu os Sub-17 a uma inédita participação no Campeonato do Mundo, no Brasil, após garantir a medalha de bronze no CAN da Tanzânia – um feito que ficou gravado na história desportiva do país.

Dois anos depois, em 2020, foi promovido à equipa principal com a missão de renovar o plantel e devolver competitividade aos Palancas Negras. Sob o seu comando, Angola viveu vitórias inesperadas, momentos de superação e o surgimento de uma nova geração de talentos que reacendeu a confiança dos adeptos.

“Pedro Gonçalves foi mais do que um treinador: acreditou no potencial de Angola e demonstrou que é possível sonhar mesmo com poucos recursos, desde que exista paixão e entrega”, refere a FAF no comunicado.

Agora, a federação garante estar já a trabalhar na escolha de um sucessor capaz de continuar a trajectória da selecção, mas com “uma visão renovada e espírito vencedor”. Entre nostalgia e expectativa, os adeptos aguardam para saber quem herdará a pesada missão de conduzir os Palancas Negras rumo a novos horizontes.