0º C

07 : 32

Presidente do Madagáscar dissolve Governo após protestos que deixaram 22 mortos

O Presidente de Madagáscar, Andry Rajoelina, dissolveu esta segunda-feira, 29, o Governo do país, numa tentativa de conter a onda de manifestações que mergulhou a ilha do Índico numa das maiores crises políticas da última década.

Registro autoral da fotografia

Há 2 semanas
2 minutos de leitura

A decisão surge após três dias consecutivos de protestos massivos contra os cortes prolongados de energia e a escassez de água potável, que em algumas regiões chegam a durar mais de 12 horas. As manifestações, inspiradas por movimentos populares no Quénia e no Nepal, transformaram-se rapidamente em motins marcados por violência, saques e forte repressão policial.

Segundo o Escritório de Direitos Humanos das Nações Unidas, o balanço é dramático: pelo menos 22 mortos e mais de uma centena de feridos, vítimas tanto da acção das forças de segurança como de ataques protagonizados por gangues oportunistas.

Num discurso transmitido pela televisão estatal, Rajoelina reconheceu falhas do Executivo, pediu desculpas ao povo malgaxe e prometeu medidas urgentes de apoio às empresas afectadas pelos distúrbios. “Compreendo a raiva, a tristeza e os desafios. Ouvi o grito do povo e senti a sua dor”, declarou o chefe de Estado, num tom conciliador.