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Privatização de 30% do BFA arranca em Setembro com maior oferta na bolsa angolana

A oferta pública para a alienação de cerca de 30 por cento do capital social do Banco de Fomento Angola (BFA) vai decorrer em Setembro, tornando-se a maior operação já realizada na bolsa de valores nacional. O anúncio foi feito esta terça-feira pelo presidente do Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado (IGAPE), Álvaro Fernão, no final da segunda reunião da Comissão Interministerial do Programa de Privatizações (Propriv 2023-2026).

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De acordo com o responsável, o período de subscrição decorrerá entre o início e o final de Setembro e estará aberto a investidores institucionais e particulares. “Estaremos todos convidados a investir no BFA já em Setembro. Esta será a maior oferta em bolsa desde a criação do mercado de capitais em Angola”, destacou.

O processo envolve a alienação de participações da UNITEL (15%) e do banco português BPI (14,6%), totalizando quase 30% do capital. Actualmente, o Estado controla indiretamente 51,9% do BFA através da UNITEL, enquanto o BPI detém os restantes 48,1%.

A operação sucede à venda de 15% da participação estatal no BFA concretizada em 2024, por via de uma Oferta Pública Inicial (IPO), no quadro do mesmo programa de privatizações.

Na reunião desta semana, o IGAPE avaliou ainda os resultados do primeiro semestre do Propriv, período em que foram privatizados quatro activos de relevo: a fábrica de cimento CIF, no valor de 180 mil milhões de kwanzas; a unidade de montagem de automóveis da Zona Económica Especial; uma cervejeira; e um supermercado no Zamba III. No total, estas operações representaram cerca de 200 mil milhões de kwanzas.

Relativamente às dificuldades verificadas em alguns processos, Álvaro Fernão referiu que está em curso uma estratégia de mitigação para apoiar os adjudicatários, nomeadamente através de renegociação de prazos e ajustes contratuais, de modo a assegurar a continuidade operacional das unidades já privatizadas.