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Regresso de Trump não deve alterar relações entre Angola e EUA, garante embaixador

O embaixador de Angola nos Estados Unidos, Agostinho Van-Dúnem, assegurou que a relação bilateral com os EUA permanecerá estável mesmo com o regresso de Donald Trump à presidência. O diplomata destacou avanços importantes na cooperação durante a primeira administração Trump e prevê continuidade no fortalecimento dos laços entre os dois países.

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Há 4 semanas
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Durante uma conferência na Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho, em Portugal, o embaixador de Angola nos Estados Unidos, Agostinho Van-Dúnem, afirmou que a cooperação entre os dois países não sofrerá retrocessos com o regresso de Donald Trump à presidência norte-americana, previsto para janeiro.

Van-Dúnem relembrou que foi durante a primeira administração de Trump que Angola e EUA alcançaram avanços significativos na cooperação, particularmente nas áreas de política externa, luta contra o terrorismo, combate ao tráfico humano e exploração de minerais críticos.

“O regresso de Trump à Casa Branca não significa uma alteração na nossa relação. Continuaremos a trabalhar para fortalecer os laços em benefício mútuo, sobretudo porque os EUA continuam interessados em recursos estratégicos de Angola e do continente africano”, sublinhou.

O diplomata também destacou que Angola não abandonou parceiros tradicionais, como China e Rússia, mas sim diversificou suas relações internacionais, expandindo cooperações com países emergentes como Brasil e Índia. Segundo ele, essa estratégia busca manter equilíbrio e ampliar as oportunidades econômicas e diplomáticas para o país.

Van-Dúnem salientou ainda a posição estratégica de Angola no continente africano, os seus vastos recursos naturais e o dinamismo de sua população jovem, fatores que atraem o interesse de várias potências mundiais.

“A Angola tem potencial para ser uma ponte entre os EUA e África, especialmente em setores estratégicos como minerais críticos”, acrescentou o embaixador.

Sobre a relação com a União Europeia, o diplomata considerou que esta está em crescimento, com destaque para áreas como boa governação, transparência e direitos humanos, que fortalecem as instituições angolanas.

O posicionamento otimista do embaixador ocorre poucos dias antes da visita do Presidente cessante dos EUA, Joe Biden, a Luanda, reforçando as expectativas de uma colaboração mais ampla entre Angola, EUA e outros parceiros estratégicos globais.

PONTUAL, fonte credível de informação.