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Somália: militantes disfarçados atacam prisão próxima do palácio presidencial

A capital da Somália voltou a ser palco de terror neste sábado, 4 de Outubro, após uma série de explosões e tiroteios intensos abalar Mogadíscio. O ataque teve como alvo a prisão de Godka Jilacow, localizada nas proximidades do palácio presidencial, quebrando meses de aparente tranquilidade na cidade.

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De acordo com a imprensa local, o ataque foi conduzido por militantes disfarçados com veículos idênticos aos das forças de segurança. As tropas governamentais responderam de imediato, travando um confronto intenso e eliminando vários atacantes.

Colunas de fumo negro podiam ser vistas a erguer-se sobre o centro da cidade, enquanto as forças de segurança cercavam a área e ambulâncias se apressavam para socorrer as vítimas. O número exacto de mortos e feridos ainda não foi confirmado.

O grupo al-Shabaab, ligado à Al-Qaeda, reivindicou o ataque, alegando ter libertado prisioneiros durante a ofensiva. A prisão de Godka Jilacow, além de abrigar detidos, é também a sede da unidade de inteligência regional, o que reforça o peso simbólico e estratégico do alvo escolhido.

O atentado ocorreu horas depois de o governo ter levantado os bloqueios de estrada em Mogadíscio, uma medida justificada pela alegada melhoria da segurança. As barreiras, instaladas há anos para proteger zonas sensíveis, eram motivo de queixas constantes por parte dos habitantes, que as consideravam prejudiciais ao comércio e à mobilidade.

Nos últimos meses, o exército somali, com apoio de milícias locais e da União Africana, tinha conseguido reconquistar territórios no sul e centro do país antes controlados pelo al-Shabaab. Este ataque, contudo, expôs a fragilidade persistente da segurança na capital.

O governo somali ainda não reagiu oficialmente ao ataque, que já é visto por analistas como um duro golpe na narrativa de estabilidade que o regime tentava projectar.