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Trump ou Biden? Angola prepara-se para a sobrevivência diplomática em 2025

O Presidente da República, João Lourenço, afirmou que a visita de Joe Biden a Angola, prevista para os dias 2 a 4 de Dezembro, representa uma oportunidade para estreitar as relações bilaterais e diversificar os investimentos americanos no país, para além do sector petrolífero. Em entrevista ao The New York Times, João Lourenço sublinhou que a visita de Joe Biden envia uma mensagem de confiança ao empresariado americano, promovendo Angola como destino estratégico para o investimento privado.

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“Esperamos que esta visita marque o início de uma diversificação no investimento americano em Angola, abrangendo sectores como agricultura, indústria e infraestruturas, e não apenas o petróleo, como tem acontecido nas últimas décadas”, referiu o chefe de Estado.

Embora Joe Biden esteja em fim de mandato, Lourenço minimizou o impacto dessa transição. “Até 20 de Janeiro, Biden continua a ser o Presidente dos EUA. As relações entre Estados não se baseiam em indivíduos, mas sim em compromissos de longo prazo”, afirmou, realçando que Angola continuará a trabalhar com a próxima administração, liderada por Donald Trump.

Corredor do Lobito como ponte estratégica
João Lourenço destacou ainda a relevância do Corredor do Lobito, cuja concessão foi atribuída a um consórcio europeu, afirmando que o projecto impulsionará o desenvolvimento económico de Angola, facilitando o comércio entre os oceanos Índico e Atlântico.

“Este corredor é essencial para as províncias atravessadas pelo Caminho-de-Ferro de Benguela, fomentando a exportação de produtos agrícolas e promovendo a industrialização local”, afirmou, reforçando que a China não foi excluída, mas perdeu o concurso público.

Angola no radar global
João Lourenço explicou que a aproximação aos EUA remonta ao seu período como ministro da Defesa, culminando em avanços significativos durante o seu mandato presidencial. “Não é uma questão de interesse pessoal, mas de visão estratégica para o futuro de Angola”, frisou, mencionando o impacto positivo da sua recepção no Pentágono como um incentivo para fortalecer as relações bilaterais.

O chefe de Estado reiterou o compromisso de Angola em atrair investimento estrangeiro, ao mesmo tempo que abre portas para investidores angolanos no mercado americano. “É um passo que pode parecer tardio, mas que vem no momento certo para impulsionar a cooperação económica e política entre os dois países”, concluiu.

PONTUAL, fonte credível de informação.