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UNITA marca congresso para Novembro com eleição de novo líder e revisão estatutária na agenda

A UNITA vai realizar, entre 28 e 30 de Novembro, o XIV Congresso Ordinário, no qual será escolhido o próximo presidente do partido e discutida uma revisão dos estatutos. A decisão foi anunciada no sábado por Adalberto Costa Júnior, no final da XII sessão ordinária do Comité Permanente da Comissão Política, em Luanda.

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O congresso, que decorre a cada quatro anos, contará também com a definição da estratégia política da UNITA, a aprovação de objectivos gerais e a análise do relatório de actividades e contas. O Comité Permanente já aprovou a Comissão Organizadora do encontro e validou o respectivo cronograma, sublinhando “avanços significativos” nos preparativos logísticos.

No comunicado final, a direcção do partido exprimiu “profunda preocupação” com a situação socioeconómica do país, apontando para o agravamento das condições de vida, a subida dos preços da cesta básica, o aumento do desemprego e a perda do poder de compra das famílias. A UNITA responsabiliza o Executivo por uma gestão “centralizadora e pouco transparente”, que, defende, acentua a pobreza e as desigualdades sociais.

A direcção reitera a necessidade de “reformas estruturais profundas” no aparelho do Estado, defende a institucionalização das autarquias locais e critica o que classifica como “criminalização das manifestações dos cidadãos”, condenando o recurso à força por parte das autoridades.

Quanto à Comissão Nacional Eleitoral, o partido entende que a actual composição não reflecte os resultados das eleições de 2022, contrapondo-se à resolução aprovada no Parlamento sobre a matéria.

O Comité Permanente apelou ainda à mobilização dos militantes e simpatizantes em acções de proximidade com as comunidades, promovendo cidadania activa e solidariedade social. A mensagem final evocou a herança de Holden Roberto, Agostinho Neto e Jonas Savimbi como inspiração para a construção de “uma Angola democrática, próspera e justa para todos”.