0º C

21 : 21

Governo prepara instalação obrigatória de radar de velocidade rodoviária

O Governo anunciou a intenção de tornar obrigatória a instalação de tacógrafos nos veículos de transporte de passageiros e de mercadorias, com o objectivo de controlar a velocidade, o tempo de condução e os períodos de descanso dos motoristas, numa medida enquadrada na política de prevenção rodoviária.

Registro autoral da fotografia

Há 2 horas
2 minutos de leitura

A proposta de regulamento que viabiliza esta implementação foi analisada, esta quinta-feira, pelo Conselho Nacional de Viação e Ordenamento do Trânsito (CNVOT), durante a sua segunda reunião extraordinária, presidida pela vice-Presidente da República, Esperança da Costa.

De acordo com o ministro dos Transportes, Ricardo de Abreu, a medida procura reduzir a sinistralidade ao impor limites de tempo de condução e ao garantir pausas obrigatórias para os profissionais da estrada. “O equipamento deverá ser montado em veículos colectivos e de mercadorias, de modo a registar quilometragem, duração da viagem e horas efectivas de trabalho dos motoristas”, explicou.

O governante sublinhou que caberá às empresas do sector a responsabilidade de adquirir e instalar os dispositivos. As autoridades de fiscalização terão a incumbência de verificar o cumprimento da medida.

A mesma reunião serviu ainda para apreciar alterações ao regulamento das chapas de matrícula de ciclomotores, motociclos, triciclos e quadriciclos.

No encontro, foram igualmente apresentados os dados sobre sinistralidade rodoviária referentes ao primeiro semestre de 2025. Angola registou 6.055 acidentes, menos 143 face ao mesmo período do ano passado, resultando em 1.482 mortes (menos 117) e 8.582 feridos (mais 31).

Segundo o comissário Abel Baptista, director de Trânsito e Segurança Rodoviária, a faixa etária mais afectada situa-se entre os 36 e os 45 anos, maioritariamente do sexo masculino. Peões e passageiros continuam a ser as principais vítimas, representando 57 por cento das mortes e 52 por cento dos feridos.

Luanda mantém-se como a província mais afectada, com 1.127 acidentes registados, seguida pela Huíla (565), Huambo (484) e Uíge (395). As províncias de Cuando Cubango, Moxico e Cunene apresentam o menor número de ocorrências.