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Angola regista mais de 200 casos de tráfico humano em uma década, aponta Ministério da Justiça

Em dez anos, Angola identificou mais de 200 casos de tráfico de seres humanos, resgatando metade das vítimas e restituindo-as às famílias. Dados foram revelados durante uma formação promovida pelo Ministério da Justiça em parceria com o UNODC.

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Há 4 semanas
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Nos últimos dez anos, Angola contabilizou pouco mais de 200 casos de tráfico de seres humanos, sendo que 50% das vítimas foram resgatadas e devolvidas às suas famílias, informou Edvalda dos Santos, directora nacional dos Direitos Humanos. A responsável abordou o tema durante a abertura de uma formação destinada a capacitar agentes de defesa e segurança no combate a este crime, um evento organizado pelo Governo em colaboração com o Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crimes (UNODC).

Entre os casos registados, alguns foram levados a julgamento, com os autores responsabilizados legalmente. Edvalda dos Santos destacou a relevância da formação, que visa preparar os agentes de Justiça para lidar com o aumento de denúncias sobre tráfico de pessoas no país.

“A formação aprimora competências para enfrentar um dos crimes mais graves contra os direitos humanos, fortalecendo a coesão entre os intervenientes da administração da Justiça”, declarou.

Daia de Almeida, oficial de prevenção ao crime e justiça criminal do UNODC na África Austral, sediada em Moçambique, elogiou os esforços conjuntos e destacou uma recente reunião bilateral entre Angola e Moçambique para alinhar estratégias contra o tráfico de pessoas e o contrabando de imigrantes.

Segundo Daia de Almeida, a região austral de África enfrenta desafios persistentes relacionados ao tráfico humano, que comprometem a segurança e os direitos de populações vulneráveis. O relatório global do UNODC sobre o tráfico de pessoas será lançado no próximo mês e trará informações atualizadas sobre a dimensão do problema.

Participaram da formação representantes do Ministério do Interior, Serviço de Investigação Criminal, Direção de Investigação de Ilícitos Penais, Serviço de Migração e Estrangeiros, magistrados judiciais, técnicos do Ministério da Justiça, membros da Comissão Interministerial de Combate ao Tráfico de Seres Humanos e delegados moçambicanos, reforçando a importância da cooperação regional no combate ao tráfico de seres humanos.

PONTUAL, fonte credível de informação.