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Aumentam mortes por ruptura uterina no Uíge

A maternidade do Uíge registou, nos primeiros três meses deste ano, quatro mortes por ruptura uterina, superando uma morte em igual período do ano anterior, informou hoje a directora da unidade hospitalar, Fernanda Gunza.

Registro autoral da fotografia

Há 9 meses
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Com uma média de 15 casos/dia, cujas idades variam entre 20 a 35 anos, os casos de ruptura uterina são provocados pelo uso de medicamentos tradicionais, como o clister de água de  quiabo,  fezes de elefante  e massagem durante a gestação.

Em declarações à ANGOP, nesta segunda-feira, a responsável explicou que as quatro mortes foram registadas em Janeiro deste ano, maioritariamente em mulheres que sofreram cesariana recentemente.

“As parturientes começam o trabalho de parto em casa, sem o conhecimento adequado, chegando à maternidade com complicações graves”, esclareceu.

Explicou que ruptura uterina é um rasgo espontâneo abrindo o útero, situação que leva a uma emergência operatória e em casos de agravamento  a morte da mãe e do bebe, devido à hemorragia.

Por outro lado, Fernanda Gunza disse que, desde Janeiro deste ano, registou-se, igualmente, 510 casos de aborto (provocado e espontâneo), tendo como consequência a morte de três mulheres.

Para travar estes males, a maternidade está a realizar palestras  durante as consultas pré-natal, nas igrejas, mercados e outros lugares públicos, a fim sensibilizar as mulheres para a não  ingestão de medicamentos tradicionais durante a gestação.

Sobre ruptura uterina

A rotura uterina é o rompimento da musculatura do útero durante o último trimestre de gravidez ou no momento do parto, o que pode resultar em sangramentos excessivos e dor abdominal intensa, sendo uma complicação obstétrica grave.

A rotura uterina, também chamada de ruptura uterina, é mais comum de acontecer em mulheres que apresentam cicatrizes uterinas, seja devido a partos anteriores ou cirurgias ginecológicas, sendo importante em todos os casos que a gestação seja acompanhada pelo obstetra. 

O tratamento da rotura uterina deve ser feito imediatamente, geralmente, com cesariana, para que possam ser prevenidas complicações que podem podem levar a morte da mãe, do bebé ou dos dois.