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Censo 2024 pode ´cair por terra´: A menos de 24h agentes de campo sem credenciamento e tabletes

A menos de 24 horas para o início do Recenseamento Geral da População e Habitação em Angola, as condições no terreno estão longe de estar criadas. Em várias províncias e municípios de Luanda, os 79.000 agentes de campo ainda não foram credenciados, e muitos não assinaram sequer os contratos de prestação de serviços com o Instituto Nacional de Estatística (INE). Esta situação contradiz as declarações públicas do director do INE, que tem garantido à imprensa que tudo está acautelado.

Registro autoral da fotografia

Há 3 meses
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A redação da PONTUAL teve acesso a informações preocupantes: quase todos os municípios de Luanda não receberam os materiais necessários para o arranque do recenseamento, como tabletes, passes de identificação, bonés e outros meios essenciais. Para além disso, há um grave incumprimento da agenda de formação e actuação dos agentes de campo, que deveriam ter realizado o reconhecimento e a listagem das suas zonas de trabalho três dias antes do início do processo.

A informação de que o processo começará primeiro com os casos especiais(listagens de instituições colectivas e sem abrigos) denuncia que as coisas não correm bem no INE.

Fontes no terreno revelam que tanto os responsáveis pelo censo a nível provincial e municipal, como os agentes de campo, estão completamente ´desnorteados´ nos pólos de formação, sem saberem qual será o próximo passo. Até ao momento, a luta parece ser com a organização das listas de formandos e a validação das provas, o que pode comprometer ainda mais o arranque do recenseamento.

A situação é preocupante e coloca em risco o sucesso de um processo essencial para o planeamento do desenvolvimento do país. O caos instalado pode atrasar significativamente o recenseamento, isso, de algum modo, espelha dúvidas sobre a capacidade de organização e implementação do INE.

PONTUAL, fonte credível de informação.