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Chineses dominam economia angolana: Após 12 milhões em shopping no Huambo, investem 600 milhões no Parque Industrial da Funda

O grupo chinês African Sunrise vai investir 600 milhões de dólares para construir o Parque Industrial da Funda. O projecto, cuja primeira pedra foi lançada no município de Cacuaco no passado Sábado.

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Há 5 meses
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Segundo um comunicado da Câmara de Comércio Angola-China, o futuro parque industrial terá 160 fábricas de vários sectores.

“Com um investimento de 600 milhões de dólares, o parque ocupará uma área de 210 hectares e contará com 160 fábricas de diversos sectores que vão permitir a criação de mais de 10 mil empregos directos e 20 mil empregos indirectos e atrair mais investimentos estrangeiros”, lê-se no comunicado.

Em declarações na cerimónia, citadas na nota, o presidente do Conselho de Administração (PCA) do African Sunrise, Jack Huag, destacou os benefícios do projecto, salientando que “criar um ambiente propício para o desenvolvimento de negócios, com infra-estrutura moderna e incentivos fiscais para atrair empresas de todo mundo são alguns dos objectivos, visto que o projecto é um marco para o caminho da industrialização sustentável de Angola”.

Quem também interveio foi Luís Cupenala, presidente da Câmara de Comércio Angola-China, que, na ocasião, realçou que o empreendimento espelha a garantia do Estado “no investimento estrageiro privado”, dado que em Março deste ano, o Presidente da República realizou uma visita de Estado à China, que possibilitou assinar diversos memorandos.

Segundo o comunicado da câmara de comércio, o ministro da Indústria e Comércio, Rui Minguês também discursou, tendo, na ocasião, realçado a “importância do projecto para a diversificação económica, desenvolvimento sustentável de Angola”, bem como afirmado “ser um passo crucial para indústria transformadora do continente africano”.

“A localização estratégia do projecto, com fácil acesso rodoviário, ferroviário, aeroportuário e portuário destaca a sua importância no âmbito da integração regional do nosso país na zona do comércio livre da Comunidade Económica da África Austral (SADC), na Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC) e especialmente com os nossos vizinhos”, afirmou o ministro que, citado pela Angop, assegurou que as empresas que no futuro se estabelecerem naquele empreendimento serão beneficiárias de instalações de água, electricidade, despesas laborais competitivas, direitos de propriedade duradouros e estáveis e, dentro das políticas governamentais, poderão vir a usufruir outros incentivos e suportes para investimento privado.

Já Zhang Bin, embaixador da China em Angola, disse que o futuro parque industrial “representa uma nova era na relação entre Angola e China, o que vai aumentar a competitividade do mercado angolano”.

O diplomata chinês, em declarações à Angop, considerou que o novo parque irá fomentar o desenvolvimento do país, tendo salientado que as autoridades chinesas “sempre encorajaram a comunidade empresarial local a investir no sector produtivo, um modelo pelo qual acredita ser necessário e importante para diversificar a economia angolana”.

“Este acto representa também o princípio do período de transformação na relação entre Angola e a China”, considerou, tendo ainda destacado as oportunidades que a China possui no sector da indústria, ligadas às necessidades do domínio produtivo de Angola.

A construção do Parque Industrial da Funda arranca já este mês e deverá durar entre três a quatro anos, refere a Angop.

No acto estiveram também presentes a conselheira da vice-Presidente da República, Elsa Barber, o secretário de Estado da Indústria, Carlos Rodrigues, a secretária do Bureau Político para Política Social do MPLA, Maricel Capama, entre outros.