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Crise à Vista: Importação de alimentos desaba 12,6% em Angola no segundo trimestre do Ano

As importações de produtos alimentares em Angola caíram a pique no segundo trimestre de 2024, registando uma preocupante redução de 12,6% face ao trimestre anterior. Em plena luta contra a inflação e a escassez, o país gastou 445,3 milhões de dólares, enquanto as máquinas e equipamentos continuam a devorar os recursos com um aumento vertiginoso de 102%.

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Há 4 meses
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O Banco Nacional de Angola (BNA) divulgou dados alarmantes: em comparação com o primeiro trimestre, em que foram gastos 509,9 milhões de dólares, as importações de alimentos caíram drasticamente, revelando uma gestão económica cada vez mais fragilizada. Em relação ao mesmo período de 2023, a queda foi de 9,2%, com a fatura alimentar a atingir os 490,8 milhões de dólares naquela altura. A grande questão é: poderá o país aguentar uma pressão crescente sobre os preços dos bens essenciais?

Enquanto as prateleiras dos supermercados enfrentam desafios, o setor de máquinas e equipamentos prospera, com uma explosão de gastos de 816,5 milhões de dólares no segundo trimestre, refletindo um aumento impressionante de mais de 100%. Já as importações de combustíveis, com 765,3 milhões de dólares, e os materiais de construção, com 324,9 milhões de dólares, consolidam o desequilíbrio nas prioridades económicas do governo.

As famílias angolanas poderão sofrer com o impacto desta queda nas importações alimentares, questionando-se se haverá produtos suficientes para sustentar o consumo diário. Será que o governo conseguirá reverter este cenário a tempo?

PONTUAL, fonte credível de informação.