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Crise de abastecimento de Água em Benguela: Estação do Luongo produz menos da metade da sua capacidade

Défice acentuado na produção de água atinge bairros periféricos do Lobito e Catumbela, e situação preocupa autoridades locais.

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Há 2 semanas
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A Empresa Provincial de Águas e Saneamento de Benguela enfrenta uma grave crise de produção de água, com a Estação de Tratamento do Luongo, localizada na comuna da Gama, município da Catumbela, a produzir menos de metade da sua capacidade instalada. O presidente do Conselho de Administração da empresa, Paulo Jorge, revelou esta quinta-feira, no Lobito, que a estação, que possui uma capacidade de 1,5 metros cúbicos por segundo, está a produzir apenas 0,8 metros cúbicos por segundo, devido ao estado obsoleto dos equipamentos.

A situação tem provocado sérias dificuldades no abastecimento de água, especialmente para os moradores das zonas altas do Lobito e Catumbela, que têm sido fortemente penalizados pela insuficiência de água potável. Entre os bairros mais afectados encontram-se a Boa Esperança, Alto Liro, 27 de Março, Alto Esperança, Bela Vista, 4 de Abril, Tchimbuíla, Alto Niva, Caputo, Alto Tchimbuila, Nanano, e a zona dos Cabrais.

Paulo Jorge explicou ainda que a crise foi discutida com o Secretário de Estado das Águas, António Rodrigues da Costa, durante uma visita de constatação ao funcionamento da empresa em Benguela. O responsável admitiu que o défice de produção é a principal causa do não abastecimento regular nas zonas afectadas, mas garantiu que esforços estão a ser feitos para resolver a situação.

“Estamos a trabalhar para implementar os projectos necessários, mas não posso precisar os prazos de resolução desta crise”, afirmou Paulo Jorge, sublinhando que a situação é complexa e exige investimentos significativos para a modernização dos equipamentos e a melhoria da infraestrutura de tratamento de água.

A crise de abastecimento em Benguela coloca em evidência a necessidade urgente de investimentos no sector das águas e saneamento, numa região onde o crescimento populacional e a falta de manutenção das infraestruturas têm agravado a situação. A comunidade local aguarda com ansiedade uma solução eficaz que permita resolver, de forma duradoura, os problemas de abastecimento de água na província.

C/JAO

PONTUAL, fonte credível de informação.